O Governo Federal só pagou até aqui a primeira parcela do novo Auxílio Emergencial, mas tem gente pensando no futuro do programa. De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, parlamentares planejam pressionar o Governo por uma prorrogação.
Segundo informações de bastidores, vários parlamentares dão como certa essa pressão. Pelas regras atuais, o Governo Federal vai pagar o Auxílio durante quatro meses. O programa acabaria portanto no próximo mês de julho deste ano. Em agosto, o Governo quer retomar os pagamentos do Bolsa Família.
No entanto, é consenso entre muitos deputados que a situação do país não vai se normalizar neste meio tempo. Eles tomam como base o fato de que o processo da vacinação em massa do Brasil não está muito veloz e e não tem muitas chances de aumentar essa velocidade em um futuro próximo.
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse por meio de entrevistas que o Governo pode aumentar o número de parcelas do Auxílio. No entanto, ele deixou claro que só vai fazer isso se a situação da pandemia do coronavírus não melhorar no país.
A grande questão é que Guedes propõe aumentar essas parcelas dentro do teto de gastos do programa que é de R$ 44 bilhões. Então o Ministro acredita que parte desse dinheiro pode sobrar e essa sobra poderia ir para essas novas parcelas de pagamentos.
Entretanto, ainda de acordo com o colunista do jornal O Globo, esses parlamentares querem mais. Eles querem pressionar o Governo para que eles paguem mais quatro parcelas do benefício. Por esse lógica, o auxílio não acabaria mais em julho, e sim em novembro.
Se isso acontecer, o Governo teria que praticamente dobrar os seus gastos com o programa. Então ao invés de gastar cerca de R$ 44 bilhões, eles teriam que acabar gastando algo em torno de R$ 80 bilhões. Esse número provavelmente faz Paulo Guedes ter pesadelos.
É que o Ministro da Economia está trabalhado justamente para evitar ao máximo o aumento dos gastos públicos neste momento. De acordo com ele, o país não pode gastar muito mesmo que esse momento exija uma ajuda do Governo para a população.
Enquanto o Ministério da Economia bate na tecla do respeito ao teto de gastos, parlamentares de oposição querem que o país esqueça esse teto pelo menos por um momento. De acordo com esses deputados, não dá para pensar em gastar menos durante uma pandemia.
Isso, aliás, não é uma reivindicação apenas de políticos de oposição. Recentemente, até membros da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram que o país não pode pensar no teto de gastos neste momento. Eles querem que a prioridade do Governo seja salvar vidas agora.
O Governo argumenta que gasto público é gasto público em qualquer momento. Em entrevistas, Guedes vem dizendo que se o país gastar muito agora, vai ter que pagar a conta de qualquer jeito depois. E de acordo com ele, essa conta pode acabar caindo justamente nas costas do trabalhador.