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CONFIRMADO: Stellantis está pronta para fazer um carro 100% a etanol e choca brasileiros

A Stellantis, supermontadora responsável pelas marcas Fiat, Peugeot, Citroën, Jeep e Ram, está dando um passo decisivo em direção à produção de um carro 100% a etanol, sem a opção flex.

O CEO da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa, confirmou recentemente que a empresa está empenhada em trazer esse projeto à realidade. Essa iniciativa marca um importante avanço para reduzir a dependência da gasolina e dar lugar a um futuro mais sustentável e ecologicamente correto.

Desengavetando o projeto: Stellantis investe no carro 100% etanol

Antonio Filosa anunciou oficialmente que a Stellantis revigorou completamente o projeto do carro a etanol durante o lançamento da Ram House, em Goiânia, GO. Desse modo, a montadora está dedicando seus esforços para tornar viável a produção de um automóvel movido exclusivamente a etanol.

Embora o caminho a seguir dependa de algumas considerações estratégicas, Filosa assegura que não existem obstáculos significativos que impeçam a concretização desse objetivo ambicioso.

Rumo à redução da importância da gasolina: a escolha pelo etanol

Com o carro flex possibilitando que os motoristas usem tanto etanol quanto gasolina, o combustível derivado da cana-de-açúcar tem perdido espaço. Assim, a predominância da gasolina no abastecimento de veículos ocorre em cerca de 70% dos casos, principalmente devido aos preços menos vantajosos do etanol em muitas cidades.

Desse modo, a aposta da Stellantis no carro 100% a etanol visa reverter esse cenário e consolidar uma alternativa ecologicamente mais sustentável.

O desafio do carro competitivo: argumentos e preço atraente

Para tornar o carro 100% a etanol atrativo e competitivo no mercado automobilístico, a Stellantis precisa apresentar fortes argumentos e garantir um preço acessível ao consumidor. Em suma, a vantagem mais expressiva do etanol é a quase neutralidade na emissão de CO2, destacando-se nesse aspecto em comparação com a gasolina.

Assim, a capacidade da cana-de-açúcar de capturar CO2 durante o plantio contribui para o saldo neutro de emissões. Contudo, é necessário convencer os consumidores da relevância desses benefícios.

Stellantis se prepara para o carro 100% etanol e a nova era do “Carro Verde Popular”. Imagem: Canva

Apostando no “Carro Verde Popular”: o potencial do etanol no mercado

Para impulsionar a popularização do “carro verde”, a Stellantis deve procurar incentivos para o automóvel a etanol ou até mesmo para o próprio combustível. Além disso, a montadora deve seguir a ideia inovadora da Volkswagen, lançada há duas décadas, de criar um carro mais barato do que os modelos flexíveis existentes no mercado.

Dessa forma, a combinação de preço competitivo e benefícios ambientais é fundamental para conquistar o público e viabilizar o sucesso desse novo conceito de veículo.

Destacando-se na transição para veículos mais sustentáveis

Ao focar no carro 100% a etanol, a Stellantis se posiciona à frente das outras montadoras que priorizam a produção de carros híbridos flexíveis como uma solução intermediária na transição para veículos elétricos.

Enquanto outras marcas, como a Volkswagen, Toyota e Renault, ainda apostam no conceito flex, a Stellantis reforça seu compromisso com o etanol e busca impulsionar a adoção dessa tecnologia no mercado automobilístico brasileiro.

O resgate de uma história: Fiat Mobi e a revitalização do carro a álcool

Com planos em andamento, a Stellantis planeja integrar o desenvolvimento do carro 100% a etanol em seu grande investimento para a produção de seu primeiro veículo híbrido flex.

Dessa maneira, a expectativa é de que as marcas Fiat, Peugeot e Citroën sejam as escolhidas para abrigar esse modelo revolucionário, trazendo de volta a ideia do “carro a álcool” ao cenário automobilístico brasileiro.

Certamente, a Stellantis está determinada a protagonizar uma mudança significativa no mercado automobilístico brasileiro ao investir na produção de um carro 100% a etanol. Assim, essa iniciativa visa não apenas reduzir a dependência da gasolina, mas também promover uma alternativa mais sustentável e ecologicamente responsável para os consumidores.