O salário mínimo teve um novo reajuste em maio deste ano e passou para R$1.320. Agora o presidente Lula (PT), ao apresentar um projeto de lei para o Congresso Nacional, busca uma nova proposta para estabelecer uma política de valorização do piso salarial já em 2024. Todavia, a Câmara dos Deputados está analisando o tema.
A princípio, se houver uma aprovação do projeto de lei, a maneira como se faz o cálculo do piso salarial praticado no país terá algumas alterações. O Governo Federal propõe que haja um arranjo. Ele irá considerar a inflação do ano anterior, através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o PIB de dois anos anteriores.
Entretanto, o Produto Interno Bruto (PIB) pode não entrar no cálculo do salário mínimo. Neste caso, se ele apresentar resultados negativos, ou seja, se houver uma recessão econômica no país. Analogamente, caso aconteça algo desse tipo, o cálculo do piso salarial irá se basear então apenas na inflação anual apresentada anteriormente.
Portanto, a proposta do Governo Federal age na mudança sobre a negociação do reajuste do salário mínimo, que se dá entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, todos os anos. O valor do piso salarial para 2024 ainda não está estabelecido, já que não há uma consolidação dos índices relativos ao cálculo.
Desse modo, mesmo que ainda não se saiba qual será a inflação deste ano e o crescimento do PIB, o mercado financeiro apresentou algumas estimativas para o ano que vem. Algumas pessoas ligadas ao governo Lula apresentaram informações sobre estimativas do piso salarial de 2024, que pode bater a casa dos R$1.421.
Para o cálculo do salário mínimo de 2024, foi utilizada a fórmula apresentada no projeto de lei do Governo Federal ao Congresso Nacional. Para chegar ao valor de R$1.421, foi considerado o crescimento positivo do PIB que teve um índice de 2,9% em 2022. No entanto, a proposta orçamentária do governo para 2024 é de R$1.389.
Em síntese, a estimativa do salário mínimo para o ano que vem enviada ao Congresso Nacional, ainda não considera a política de valorização do piso salarial. Vale ressaltar que se houver a aprovação do novo cálculo, com o valor de R$1.421, as despesas do Governo Federal podem ultrapassar a casa dos R$45 bilhões, para 2024.
De acordo com o projeto de lei do Governo Federal, as novas regras sobre o cálculo do salário mínimo serão implementadas a partir do mês de janeiro de 2024. Aliás, deve-se observar que a proposta do Palácio do Planalto precisa de uma aprovação das duas casas do Congresso Nacional, ainda neste ano de 2023.
O presidente Lula prometeu uma valorização permanente do salário mínimo. De fato, esse novo cálculo está no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLDO), para o ano que vem. Ele irá para o Congresso Nacional neste mês de agosto. A estimativa do Governo Federal sobre o INPC de 2023 é de 4,48%.
No mês de abril deste ano, o Governo Federal tinha a expectativa de que o salário mínimo de 2024 poderia chegar a R$1.389. Ele não levou em consideração o novo cálculo sobre o piso, ou seja, sem considerar o PIB dos dois anos anteriores. Dessa maneira, a estimativa para a inflação anual neste momento era de cerca de 5,2%.
Caso esse cenário aconteça, o custo para o reajuste do salário mínimo para o ano de 2024 seria de cerca de R$18,1 bilhões aos cofres públicos. Isso se deve ao fato de que o Governo Federal precisa considerar vários custos. É preciso arcar com os salários do funcionalismo, metade das despesas federais, entre outros.
De acordo com a LDO, a cada R$1 de reajuste do salário mínimo, há um crescimento de R$3,9 bilhões nas despesas do Governo Federal, relativas a benefícios que consideram o piso salarial praticado no ano em questão. É importante salientar que alguns destes benefícios possuem valores maiores e que também influenciam nas despesas anuais exponencialmente.
Em conclusão, os trabalhadores brasileiros esperam todos os anos, ansiosos, por um reajuste do salário mínimo. O Governo Federal tem prometido um ganho real aos cidadãos, ou seja, um novo piso salarial acima da pressão inflacionária do ano anteiror. Dessa forma, há um aumento expressivo do poder de compra da população.