Economia

Confira qual estado teve a maior taxa de DESEMPREGO no 3º semestre no Brasil

O desemprego no Brasil caiu no terceiro trimestre de 2023 e atingiu 8,3 milhões de pessoas. O número de desempregados recuou 0,4 ponto percentual (p.p.) em relação aos três meses anteriores, quando a taxa ficou em 8,0%. Com isso, o Brasil fechou o trimestre com uma taxa de desocupação de 7,7%.

Na comparação com o segundo trimestre deste anos, houve uma redução de 331 mil pessoas sem ocupação no país. Esse resultado mostra o fortalecimento do mercado de trabalho brasileiro, que vem conseguindo crescer em 2023.

Já na comparação anual, a taxa de desocupação caiu 1,0 p.p. em relação ao terceiro trimestre de 2022. Em números reais, isso significa que o Brasil passou a ter 1,1 milhão de pessoas desocupadas a menos do que no mesmo período do ano passado.

Esse é um grande resultado e mostra que o mercado de trabalho está com uma recuperação robusta neste ano. Aliás, as projeções para a economia brasileira em 2023 seguem otimistas.

Desemprego recua em três das 27 UFs

No terceiro trimestre de 2023, o desemprego caiu no Brasil devido aos resultados registrados pelas unidades federativas (UFs). Entre julho e setembro, a taxa de desocupação recuou em três das 27 UFs, puxando para baixo o resultado nacional.

Em suma, os locais que registraram queda na taxa de desocupação no trimestre foram:

  • Acre: -3,1 p.p.
  • Maranhão: -2,1 p.p.
  • São Paulo: -0,7 p.p.

A taxa nas 24 UFs restantes se manteve estável em relação aos três meses anteriores, com exceção de Roraima, único local a registrar aumento do desemprego no período. No estado nortista, a taxa de desocupação subiu de 5,1% para 7,6%. Já nos demais locais, como o desemprego não cresceu, a taxa nacional também não foi impulsionada.

A queda no Brasil não foi um processo disseminado nos estados. A maior parte da UF mostra uma tendência de redução na taxa de desocupação, mas apenas 3 estados registram queda estatisticamente significativa, principalmente por conta da redução da desocupação“, disse a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

E São Paulo tem uma importância dado o contingente do mercado de trabalho, o que influencia bastante a queda em nível nacional“, acrescentou.

A propósito, todos os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quarta-feira (22).

Taxa de desocupação recua em três UFs no terceiro trimestre, com destaque para São Paulo. Imagem: Agência Brasil.

Saiba mais sobre a queda do desemprego

Em suma, a população desocupada em São Paulo caiu 8,4 p.p., segundo o levantamento. “É um processo de queda por uma redução na procura por trabalho, com um aumento estatístico na população ocupada na atividade de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas“, explicou Beringuy. Este setor registrou aumento de 6,4% no número de pessoas ocupadas.

Já em relação ao Maranhão e ao Acre, os recuos aconteceram por causa de uma combinação de dois fatores. “Nos dois casos, há um movimento mais robusto, porque além da retração da redução na procura, houve expansão na ocupação. No caso do Maranhão, se deu, principalmente no setor de alojamento e alimentação“, disse a analista.

Veja o estado que liderou o ranking de desemprego

No primeiro trimestre de 2023, a Bahia teve a maior taxa de desocupação do país, posição que vinha ocupando nos últimos tempos. Contudo, o cenário mudou e o estado baiano deixou a liderança nacional no segundo trimestre, caindo para o segundo lugar e sendo ultrapassado por Pernambuco, que apresentou a maior taxa de desemprego do país.

Já agora no terceiro trimestre, houve uma nova mudança na liderança, e a Bahia voltou para o primeiro lugar. Veja abaixo as taxas de desocupação em todas as UFs no terceiro trimestre de 2023:

Unidade Federativa 2º trimestre 3º trimestre
Bahia 13,4% 13,3%
Pernambuco 14,2% 13,2%
Amapá 12,4% 12,6%
Rio de Janeiro 11,3% 10,9%
Rio Grande do Norte 10,2% 10,1%
Piauí 9,7% 9,9%
Sergipe 10,3% 9,8%
Amazonas 9,7% 9,6%
Paraíba 10,4% 9,3%
Ceará 8,6% 9,2%
Alagoas 9,7% 9,0%
Distrito Federal 8,7% 8,8%
Pará 8,6% 8,0%
Roraima 5,1% 7,6%
São Paulo 7,8% 7,1%
Maranhão 8,8% 6,7%
Acre 9,3% 6,2%
Minas Gerais 5,8% 6,0%
Goiás 6,2% 5,9%
Espírito Santo 6,4% 5,5%
Rio Grande do Sul 5,3% 5,4%
Tocantins 6,5% 5,4%
Paraná 4,9% 4,6%
Mato Grosso do Sul 4,1% 4,0%
Santa Catarina 3,5% 3,6%
Mato Grosso 3,0% 2,4%
Rondônia 2,4% 2,3%

Na parte de baixo da tabela, a situação ficou semelhante a do segundo trimestre. A saber, nos últimos anos, a menor taxa de desemprego do país vinha sendo registrada por Santa Catarina. No entanto, no último trimestre de 2022, o estado sulista perdeu o posto para Rondônia, que vem mantendo a posição desde então.

Aliás, no segundo trimestre de 2023, Santa Catarina perdeu mais uma posição, dessa vez para Mato Grosso, e os estados se distanciaram ainda mais no período.

Nordeste tem a maior taxa de desocupação do país

O instituto revelou que o Nordeste seguiu como a região com a maior taxa de desemprego do Brasil. Com exceção do Maranhão, todos os estados nordestinos tiveram taxas maiores que a média nacional (7,7%).

Veja abaixo as taxas de desocupação em cada uma das regiões brasileiras no terceiro trimestre:

  1. Nordeste: 10,8%;
  2. Norte: 7,7%;
  3. Sudeste: 7,5%;
  4. Centro-Oeste: 5,5%;
  5. Sul: 4,6%.