Economia

Confira quais são as regiões mais afetadas pela Inflação no Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor Regional (IPC-Regional) medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou que a inflação para os consumidores de renda mais baixa, até 1,5 salário mínimo, foi maior nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. No Norte, a taxa acumulada em 12 meses, até março deste ano, foi de 4,70% 

Já no Nordeste, a inflação da renda baixa ficou em 4,57%, valor um pouco abaixo dos 4,70% da alta renda. Apesar disso, o índice mostrou que a alta de preços dos consumidores de renda baixa no Nordeste ainda ficou acima das taxas observadas na faixa de renda mais baixa das regiões Sudeste (3,03%), Sul (3,12%) e Centro-Oeste (2,24%).

Mais informações sobre a pesquisa da FGV

A pesquisa divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na última terça-feira (9) apresenta os produtos que mais contribuíram para a inflação tanto para pessoas com renda mais baixa, quanto para população com uma renda mais alta. Vale informar que os dados referem-se ao período acumulado de janeiro de 2020 a março de 2023. 

De acordo com a pesquisa, os produtos que mais influenciaram a alta de preços na região Nordeste do país foram o botijão de gás (GLP), tarifa de energia elétrica, pão francês, aluguel residencial, e alguns itens alimentícios. Em contrapartida, a população com uma renda mais alta acabou sentindo a inflação na aquisição de automóveis novos, gasolina, passagem aérea e plano de saúde. 

Já no Norte, a inflação da baixa renda foi mais impactada pelas altas do botijão de gás, farinha de mandioca, frango e pela conta de energia. Vale informar que em outras regiões do Brasil, a população de baixa renda também sentiu o impacto da alta no valor do gás de cozinha, energia elétrica e aluguel residencial.

A inflação no Brasil nos últimos anos

A inflação no Brasil é um tema que está sempre em pauta, já que seu impacto pode ser sentido no dia a dia de todos os brasileiros. Nos últimos anos, o país tem enfrentado desafios na manutenção da estabilidade dos preços, com aumentos significativos em alguns setores da economia.

Entre os principais fatores que contribuem para a alta da inflação no Brasil estão o aumento do preço dos combustíveis e da energia elétrica, além da desvalorização do real frente ao dólar. Além disso, a pandemia também acabou impactando os preços de diversos produtos, tendo em vista a escassez de matérias-primas e aumento dos custos de produção.

A inflação afeta diretamente o poder de compra das pessoas, reduzindo a capacidade de consumo, aumentando a desigualdade social e consequentemente a insegurança alimentar de milhares de brasileiros. Para combater esse problema, o governo pode adotar algumas medidas econômicas, como ajustes na taxa de juros e na política fiscal. 

A política monetária, executada pelo Banco Central do Brasil, aumenta a taxa de juros para controlar o crédito e a demanda por bens e serviços. Com a elevação dos juros, o custo do dinheiro aumenta e o consumo tende a diminuir, o que pode ajudar a controlar a inflação no país. Além disso, o governo busca alternativas para auxiliar famílias mais pobres, como a implementação de programas sociais como a Tarifa Social de Energia e o Vale Gás.