O governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na tarde desta quarta-feira (16) novos nomes para o período de transição. Em uma coletiva, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou todos os nomes que devem participar da equipe voltada para o Trabalho e para a Previdência Social.
Estas são áreas que devem lidar diretamente com questões importantes como a fila de espera para o recebimento de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além disso, eles também deverão manejar os primeiros passos do novo governo em relação aos pontos da Reforma Trabalhista.
Hoje, os dois temas estão atrelados em um mesmo Ministério. A pasta do Trabalho e Previdência é responsável pelos pagamentos de alguns programas sociais como o auxílio-taxista e o Pix Caminhoneiro. A tendência natural é que esta pasta se divida em duas a partir de 2023. Uma será responsável apenas pelo Trabalho e outra apenas pela Previdência, como acontecia nos anos dos governos do PT.
Para a equipe de Trabalho, Lula indicou os três presidentes das principais centrais sindicais do país. São eles: Sérgio Nobre, da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Miguel Torres, da Força Sindical e Adilson Araújo, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Veja abaixo a equipe de transição do governo Lula na área de trabalho:
Já na área de Previdência Social, o grupo contará com a participação de professores e sociólogos. Além disso, estará presente nas discussões o ex-ministro José Pimentel (PT-CE). Ele comandou a pasta do Ministério da Previdência durante os anos do governo do então presidente Lula.
Vale lembrar que Lula vem dizendo repetidamente que a indicação dos nomes para estes grupos de trabalho não necessariamente significa que estes serão os corpos dos ministérios. A divulgação sobre o comando das pastas deve ficar para depois. Até aqui, o presidente eleito não falou sobre nenhum nome para nenhuma área.
Nos últimos dias, Lula vem recebendo uma série de críticas de setores progressistas pela suposta ausência de mulheres nas equipes de trabalho desta transição. Considerando apenas a divulgação dos novos nomes das equipes de Trabalho e de Previdência, é possível dizer que as críticas devem continuar.
Dos 16 nomes apresentados para estas duas áreas, apenas 4 são de mulheres.