A área de linguagem e códigos sempre está presente nas provas de concurso e exige um bom nível de conhecimento ortográfico dos candidatos. Com isso, as principais regras de acentuação podem parecer um tanto assustadoras.
No entanto, não existem tantos segredos para aprender adequadamente a língua portuguesa, apesar de ser considerada um idioma difícil. A verdade é que os candidatos precisam memorizar e desassociar da linguagem informal algumas regras da norma culta.
Em síntese, o tema em questão tem uma relação direta com a ortografia e com a prosódia. A qual, por sua vez, tem como objeto de estudo a emissão dos sons na verbalização.
É válido ressaltar que muitas das principais regras de acentuação sofreram alterações com a vigência das Novas Regras Ortográficas de Língua Portuguesa, em janeiro de 2009. Aliás, é muito importante ter isso em mente para não errar mais nas provas de concurso.
O primeiro caso, então, é referente às famosas oxítonas, que são acentuadas quando a entonação mais forte ocorre na última sílaba. Por exemplo: café e Panamá.
Em geral, as palavras paroxítonas, em que a sílaba tônica é a penúltima, não são acentuadas, com exceção daquelas terminadas em: L, N, R, X, I (s), U (s), OS, ÃO, UM. E, ainda, ocorre quando a palavra possui ditongos orais seguidos ou não pela letra S.
Para mais, as proparoxítonas existem quando a tonicidade está na antepenúltima sílaba. Aqui, todas elas recebem o acento.
Dentre as principais regras de acentuação, tem-se que os monossílabos tônicos recebem o símbolo, mas apenas nas palavras que terminam em A, E ou O. Por exemplo: Pé, Lá. Essa condição também é válida em ditongos monossilábicos abertos, como Céu ou Mão.
A partir disso, entende-se, também, que o assunto em questão não fala apenas sobre o acento agudo, mas também do circunflexo e do til, que na verdade é apenas um sinal ortográfico.
Além do mais, para não errar mais em concurso é essencial saber que, na maior parte das vezes, os ditongos abertos presentes em palavras paroxítonas são acentuados. Por exemplo: herói, chapéu.
Porém, com as novas regras ortográficas, todos os encontros vocálicos “éi” e “ói” perderam o acento, como é o caso de “ideia”. Então, como dito, estar sempre atento com as atualizações das regras de acentuação é uma estratégia de aprovação.
Aqui, também é bem simples de entender, pois somente se acentua as vogais “I” e “U” nas situações em que as mesmas foram um hiato com a letra anterior. Por exemplo: saúde, Guaíba.
Ainda, a mesma regra se aplica quando essas vogais estão associadas com a letra “S”, como é o caso de “Faísca”. Por isso, nunca se deve adotar nenhum critério como absoluto, já que essas exceções comumente surgem.
Dentre as principais regras de acentuação, alguns termos possuem condições especiais que merecem um pouco mais de atenção. Em resumo, com relação a esses verbos, é obrigatório o uso do circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.
Além do mais, a forma composta de ambos recebem acento, dessa vez também no singular. Com isso, a diferenciação acontece por meio do tipo de acento, já que no singular se usa o agudo.
Exemplos da 1° situação: ele tem um computador / eles têm um computador; ela vem daqui a pouco / elas vêm daqui a pouco.
Exemplos da 2° situação: ele detém / eles detêm; ele advém / eles advêm.
Igualmente aos casos anteriores, alguns outros acentos são utilizados com o intuito de distinguir o sentido de palavras que são homônimas, ou seja, com a mesma grafia.
Tem-se, então, o verbo “Pôr”, que se utiliza da simbologia com o intuito de se apresentar de modo distinto da preposição “Por”. O mesmo ocorre com os termos “forma” e “fôrma”, porém, nesse caso, o uso é facultativo.
Por último, uma das principais regras de acentuação para diferenciais faz referência ao tempo verbal, como ocorre com o “pôde”, que está conjugado no passado, e “pode”, por sua vez, no presente.
Por fim, alguns dos exemplos em que a norma anterior era válida, hoje, após as mudanças na língua portuguesa em 2009, não é mais, como polo/pólo, pelos/pêlos, entre outros.