Economia

Confiança empresarial cai e reforça cenário negativo para economia

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) atingiu o menor nível do ano desde maio, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas divulgados pelo G1. Em dezembro o índice diminuiu 1,8 ponto e atingiu 95,2 pontos.

Veja também: Mega da Virada: prêmio de R$ 350 mi será sorteado na sexta

Comparando a média do quarto trimestre o cenário também foi de queda, com redução de 3,9 pontos. Economista ouvido pelo G1 explica o panorama enfrentado.  “A queda em dezembro da confiança empresarial confirma o cenário de desaceleração no último trimestre do ano. O resultado negativo desse mês foi disseminado entre os setores e também ocorreu tanto na percepção sobre o momento atual quanto nas expectativas”, destacou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

O ICE é elaborado com base em quatro setores: Indústria, Serviços, Comércio e Construção. Em outras palavras, o levantamento apresenta o nível de confiança dos principais setores e reflete muito sobre os resultados que podem ser esperados na economia.

“A virada para o próximo ano se mostra mais desafiadora principalmente pelo ambiente macroeconômico mais frágil. Os efeitos negativos da pandemia estão, por ora, saindo do radar, mas a inflação elevada, o ciclo de alta de juros e a recuperação gradual do mercado de trabalho passam a ser os maiores obstáculos do momento e para os próximos meses”, disse Tobler, conforme informações do G1.

PIB em queda

Ao contrário do que se previa inicialmente para 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter um crescimento tímido. Incialmente era previsto que crescimento ficasse em 2,5% em 2022, o que agora já caiu para menos de 0,5%. Há ainda especialistas que analisam que é possível estagnação (ou seja, sem crescimento da economia) ou até recessão (queda nos indicadores econômicos).

Com queda histórica de 4,1%, o PIB do Brasil inclusive saiu do ranking das 10 maiores economias do mundo. Esta é a maior queda anual registrada em mais de 20 anos, para ser mais exato desde 1996, início da série histórica, o PIB não tinha registrado resultados tão negativos – veja mais informações aqui. 

Em paralelo a isso, a pobreza aumentou no país e a renda do brasileiro também caiu. O poder de compra também foi significantemente reduzido diante da inflação que atingiu itens essenciais como os alimentos e as contas de consumo – como a conta de luz com a criação da bandeira Escassez Hídrica.