Robson de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) se disse contrário à criação de um imposto sobre transação digital. Esse novo imposto é defendido por Paulo Guedes, ministro da Economia, e foi apelidado de “nova CPMF”, por ter semelhanças com o extinto imposto.
“Não concordamos com imposto digital, nossa posição é que isso seria CPMF revestida, com outro nome. Somos a favor da tributação sobre algumas atividades hoje exercidas em meio digital e que hoje não contribui, como sites e sistemas que estão fora do Brasil e não contribuem”, disse Robson de Andrade.
A declaração de Andrade foi dada durante evento virtual organizado pela confederação. Paulo Guedes estava previsto para participar do evento, mas o ministro cancelou sua presença. No lugar dele, participou Carlos da Costa, secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade.
No lugar da criação da “nova CPMF”, Andrade defendeu a reforma tributária e simplificação dos impostos. “Apoiamos reforma ampla, geral, que contemple todos os tributos, inclusive estaduais e municipais”, afirmou.
Mesmo após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falar publicamente que o governo estava proibido de discutir o Renda Brasil até o fim de 2022, aliados defendiam a aprovação de um novo imposto sobre pagamentos eletrônicos para financiar o programa social. Após a fala de Bolsonaro, o presidente autorizou que seja adicionado um programa social no Orçamento de 2021.