Ser aprovado nos concursos públicos pode ser o sonho de muita gente, contudo, se abdicar de funções ou realizar escolhas pode também ser difícil neste momento.
É importante destacar que, na maioria das vezes, concursos concorridos como TJs, por exemplo, exigem mais tempo de preparação. Porém, vale a pena largar tudo para estudar?
Pois bem, entre os pontos que mais dificultam essa escolha é o fator financeiro. Afinal, tem como se organizar para estudar integralmente e conseguir a tão sonhada vaga?
Inicialmente é preciso se planejar com antecedência. Segundo especialistas, entender o universo dos concursos é essencial neste processo, além disso, é preciso compreender que contratação na iniciativa privada e convocação em carreira pública são distintas.
O fator tempo é o principal ponto, já que ser contratado após envio de currículo e realização de uma entrevista, em sua grande maioria, é muito mais rápido do que certames de ordem pública.
A dica inicial é que haja a preparação para concursos de uma forma que concilie com a sua atividade no momento. O motivo para isso é que haja uma preparação financeira e um prazo para que o candidato entenda a diferença de um projeto a longo e curto prazo.
A partir da conscientização do concurseiro é que pode haver uma escolha precisa e entender se vai continuar realizando as duas tarefas, trabalho e estudo, ou dedicar às provas de forma “full time”.
Neste processo de autoconhecimento, é preciso que haja uma compreensão ampla, isto é, não apenas do conteúdo propriamente dito, mas da carreira desejada e do órgão que deseja ingressar.
Diante disso, a dica é não largar uma fonte de renda segura, em primeiro momento, já que a aprovação e o percurso até a convocação pode levar um tempo considerável.
Outra dica é criar uma reserva financeira. Caso haja a decisão de pausa do trabalho para dedicar ao estudo, é preciso que o valor guardado dê para pagar pelo menos os gastos médios daquela pessoa. O planejamento e a consciência do universo dos concursos vão evitar que haja frustração ou desmotivação por parte do concurseiro.
Um ponto que deve estar atrelado à reserva de emergência é economizar. Como mencionado acima, abandonar uma fonte de renda fixa pode ser arriscado demais. Contudo, não adianta tentar fazer uma reserva com os mesmos gastos de antes. Dessa forma, a pessoa pode entrar em um “looping” e não conseguir guardar o valor esperado.
Receber apoio familiar é outro ponto fundamental, principalmente, se referindo à questão financeira. Conversar com o parceiro é essencial. Explicar sobre a decisão e ter uma conversa franca sobre o plano a longo prazo é mais do que necessário neste momento.
Rodrigo Azevedo, planejador financeiro, reitera que é possível largar tudo para estudar se houver um planejamento sólido por meio do controle do orçamento pessoal. Sendo assim, começar a guardar dinheiro muito antes do período de estudo é o segredo para que esta decisão dê certo.
Entender sobre os gastos essenciais atuais e os gastos do futuro, levando em conta o período de estudo, é fundamental para a pessoa que deseja estudar de forma integral para os concursos públicos. Além disso, é preciso levar em conta os materiais que serão utilizados, cursos e demais preparações para a aprovação.
É preciso entender que neste período vai haver uma readequação do modo de vida e dos gastos pessoais ou familiares.
Investir o dinheiro poupado também pode ser uma dica favorável, já que o dinheiro vai render e talvez cobrir as oscilações de preços causadas pela inflação. Entretanto, é importante ter cuidado e investir em algo seguro, como renda fixa, por exemplo.
Escolher investimentos com alta liquidez também deve ser a escolha, isto é, aqueles que podem ser sacados junto ao banco ou corretora sem dificuldades. Os melhores, segundo o especialista, seria o Título Selic e CDBs, já que permite resgatar o valor de maneira imediata.