Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, revelou detalhes sobre o concurso unificado e como os aprovados serão alocados.
Veja.
Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, trouxe à tona a questão da entrada de novos servidores federais através do Concurso Nacional Unificado (CNU).
A proposta discutida é que esses futuros servidores tenham uma experiência inicial em um “município de baixa renda” do Brasil, visando uma imersão na realidade do país.
“A ideia é que os aprovados no concurso passem um período inicial em um município de baixa renda no Brasil, durante o estágio probatório, para conhecer de perto a realidade do país“, destacou a ministra em entrevista ao Valor Econômico, publicada nesta quarta-feira, 3.
Esther também ressaltou a importância de um curso de formação para os novos servidores ao ingressarem no serviço público.
Além disso, para áreas com atuação abrangente, o governo propõe que os servidores tenham experiências em diferentes setores durante o estágio probatório, a fim de identificar suas áreas de maior afinidade.
“Os novos servidores terão um curso de formação ao ingressarem, e para áreas mais abrangentes, eles terão a oportunidade de explorar diferentes setores durante o estágio probatório, para identificar suas áreas de maior interesse“, enfatizou a ministra.
O Governo Federal está avançando com o dimensionamento da força de trabalho (DFT), um processo crucial para se adequar às mudanças no serviço público.
Uma etapa importante é o levantamento dos perfis desejados, visando identificar as competências essenciais para as atividades nas unidades dos órgãos públicos.
Esse levantamento permitirá uma alocação mais eficaz dos aprovados no Concurso Unificado, especialmente nos órgãos que adotaram esse novo formato de seleção.
José Celso Cardoso, secretário de Gestão de Pessoas do MGI, destaca a importância de dimensionar adequadamente a força de trabalho para enfrentar as transformações atuais, como o trabalho híbrido, o teletrabalho e a inteligência artificial.
Os candidatos do Concurso Unificado enfrentarão as provas objetivas e discursivas em um único dia: 5 de maio.
As provas serão divididas em dois turnos para acomodar diferentes tipos de exames.
Turno da Manhã (2h30 de Prova)
Para os cargos de nível médio, haverá provas objetivas (20 questões) e redação. Para os de nível superior, as provas serão de Conhecimentos Gerais (20 questões) e uma prova discursiva de Conhecimento Específico do bloco.
Turno da Tarde (3h30 de Prova)
No turno da tarde, os candidatos de nível médio enfrentarão provas objetivas (40 questões), enquanto os de nível superior responderão a provas objetivas de Conhecimentos Específicos (50 questões).
As provas de nível médio abrangerão questões de Língua Portuguesa, Noções de Direito, Matemática e Realidade Brasileira. Para os de nível superior, as questões abordarão Políticas Públicas e Conhecimentos Específicos, dependendo do bloco temático escolhido. A parte discursiva também será cobrada.
Critérios de Eliminação
Será eliminado o candidato que não alcançar pelo menos 40% da pontuação nas provas objetivas de Conhecimentos Gerais e Específicos, ou que obtiver nota zero na prova discursiva.
O Concurso Público Nacional Unificado, organizado por mais de 20 órgãos do Executivo Federal, teve suas inscrições encerradas. A banca responsável pela seleção é a Fundação Cesgranrio.
Com oportunidades para diversos cargos, o concurso exige escolaridade nos níveis médio e superior. No total, são oferecidas 6.640 vagas, com remuneração que pode chegar a R$23.579,71, dependendo do cargo.
As inscrições ocorreram no período de 19 de janeiro a 9 de fevereiro. A data da prova objetiva está marcada para o dia 5 de maio, sendo uma etapa crucial no processo seletivo dos candidatos.