No início de agosto, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Marcos Furtado, esteve reunido com representantes sindicais. No encontro, o chefe da corporação voltou a reconhecer a necessidade de repor o efetivo. Para isso, ele pretende contratar mais de 8 mil policiais nos próximos anos. Para isso, um novo concurso é essencial.
O diretor-geral participou da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), encontro que reúne diversos representantes das federações e, além do chefe da corporação, também contou com a presença do diretor executivo, José Lopes Hott Júnior.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Deolindo Carniel, disse que na reunião foram pontuadas as principais necessidades da carreira, como ter um maior número de policiais. As informações foram passadas ao site Folha Dirigida.
O presidente ainda disse que o chefe da corporação vai trabalhar para que o efetivo seja reposto. O objetivo é ter, no mínimo, os 13 mil policiais até o término do governo de Jair Bolsonaro. Para isso, a PRF deverá contratar mais de 8 mil policiais nos próximos anos.
A FENAPRF busca, conforme informações de sua assessoria, melhorias para carreira, como: aumento do efetivo para diminuir o déficit; apoio do DPRF na busca pelo aproveitamento de tempo militar na contagem de aposentadoria; pauta essa que está no Tribunal de contas da União; melhores condições de trabalho nos postos pelo Brasil; e apoio do DPRF na inclusão de novas cidades para adicional de fronteira.
O presidente da FenaPRF, Deolindo Carniel, aproveitou para parabenizar o Departamento pela cerimônia dos 91 anos da categoria, que teve como um dos principais marcos a homenagens aos policiais que morreram em serviço. Além disso, fez pontuações sobre a luta pelo aumento de salários da categoria, que ficou travado devido a reforma da Previdência.
“Existe uma maturidade do sistema sindical para as tratativas e isso é muito sábio. Precisamos de ajustes e vejo um ambiente bom proporcionado por vocês para discutirmos uma restruturação da carreira. O pilar da instituição são os servidores. Temos que trazer condições jurídicas para os policiais”, disse Furtado.”
O edital de concurso público da Polícia Rodoviária Federal, divulgado no ano passado com 500 vagas, não será o suficiente para amenizar o problema de pessoal na corporação. Acontece que a PRF conta com um déficit de nada menos que 8,3 mil policiais, resultados de aposentadorias, mortes, exonerações, entre outros motivos. Desta forma, um novo concurso é visto como urgente pela PRF.
Segundo dados da própria corporação, o efetivo de novembro de 2018 era de 10.029 servidores. No entanto, o ideal seriam 18.424 policiais. O coordenador da SOS estradas, Rodolfo Rizzoto, disse em entrevista ao Globo News que o efetivo é praticamente o mesmo desde 1994. De acordo com ele, a malha rodoviária aumentou, assim como os tipos de crimes que se cometem.
Em março do ano passado, o ex-diretor geral da corporação, Renato Dias, já havia comentado sobre o grande déficit da PRF. Segundo Dias, o número ficaria ainda maior no final de 2018. Além disso, ele frisou que as 500 vagas que foram oferecidas no concurso divulgado em 2018 ainda não serão suficientes para preencher o déficit. As provas desse certame foram realizadas no dia 03 de fevereiro.
De acordo com o Painel Estatístico de Pessoal (PEP) do Ministério do Planejamento, as vagas do concurso não suprem nem mesmo as aposentadorias. A PRF registrou mais de 700 aposentadorias desde o fim da validade do último concurso.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem expectativa de preencher totalmente, até 2022, o quadro de servidores legais da corporação. A declaração veio através do diretor-geral da PRF, Adriano Furtado, durante uma reunião recente que teve a participação do gestor.
O site Folha Dirigida teve acesso ao áudio da declaração de Furtado. Segundo ele, “o objetivo, a meta e todo o empenho nosso vai ser para chegar ao final de 2022 com o quadro de servidores legais completo. Não será fácil, vai exigir muito esforço,” comentou o diretor. A PRF ainda não comentou oficialmente sobre a declaração.
No dia 22 de junho, o presidente da República, Jair Bolsonaro, não deu uma boa notícia aos concurseiros. Segundo ele, dificilmente haverá concurso no Brasil nos próximos poucos anos, tendo em vista as restrições do orçamento público. A ideia é restringir a realização de novos concursos para conter os gastos com pessoal do governo federal.
No entanto, o presidente trouxe uma boa notícia para os candidatos que almejam uma vaga na carreira policial. Durante sua fala, Bolsonaro disse que poucas áreas do governo estão autorizadas pelo Ministério da Economia a realizar concursos e citou as polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF).
Para PRF foram solicitadas 4.435 vagas, sendo 4.360 para Policial e 75 para Agente.
Para ingresso na carreira de Policial Rodoviário Federal, é necessário nível superior (em qualquer área) e carteira nacional de habilitação (CNH) na categoria ”B”. Os candidatos devem ser avaliados por prova objetiva de conhecimentos específicos, prova discursiva, exame de capacidade física, avaliação de saúde, avaliação psicológica, investigação social, avaliação de títulos e curso de formação profissional.
As tarefas do Policial Rodoviário Federal dependerão da classe, sendo dividas em quatro: Classe Especial; Primeira Classe; Segunda Classe; e Terceira Classe. O salário inicial da carreira de policial rodoviário federal é de R$10.357,88 em 2019. Os valores já incluem o auxílio alimentação, que atualmente está fixado em R$458.
O cargo de Agente Administrativo tem requisito de diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de nível médio (antigo segundo grau), fornecido por instituição de ensino reconhecida pelo MEC. A remuneração inicial do cargo chega a R$ 4.270,77, valor que já inclui o salário de R$ 3.812,77 e vale-alimentação de R$ 458. O último concurso nível médio da PRF foi realizado em 2014, sob organização da FUNCAB. Na ocasião, o certame contou com 216 vagas.