A expectativa pela abertura de um novo concurso público da Polícia Rodoviária Federal (Concurso PRF 2020) é grande, uma vez que o quadro de policiais é considerado insuficiente, conforme informou o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Furtado. Segundo ele, esse cenário faz com que a luta por novos concursos para PRF permaneçam.
De acordo com o diretor, a realização de novos concursos é uma busca que a PRF tem feito e que pretende, sim, aprimorar o seu efetivo. Atualmente, conforme informou Furtado, é impossível dizer que o efetivo é suficiente, uma vez que há um déficit de pessoal que atrapalha as atividades.
Além da convocação de novos policiais, o diretor-geral comentou sobre o investimento em tecnologia que a PRF tem feito. Todas essas medidas visam amenizar a situação atual da corporação.
Além disso, Furtado falou sobre a desburocratização, que também está inserida no contexto da melhoria do efetivo da carreira. Nisso está incluído um foco maior em inovação, investindo em tecnologia e aprimorando o processo de informação. O plano de Segurança vai possibilitar o maior Orçamento da história da PRF.
“É uma pauta que temos o número um de prioridade. Desburocratizar significa aplicar melhor o seu efetivo, dar uma resposta melhor ao cidadão. Nós estamos tentando aprimorar os nossos processos, buscando trazer facilidade do usuário em interagir com a PRF, que é uma prestadora de serviços. Já temos algumas ações, como o boletim de acidente de trânsito, em que pequenas ocorrências o cidadão, por exemplo, faz sem precisar visitar nenhuma instalação da Polícia Rodoviária Federal. Temos o Sinal, que um sistema que desenvolvemos para a primeira interação em um furto de veículo, com o usuário trazendo a informação de forma simples e rápida. É uma matéria que está no foco da PRF, para trazer mais qualidade e um serviço mais rápido para o cidadão.”
As declarações do diretor-geral da PRF foram dadas em entrevista concedida ao programa Brasil em Pauta da TV Brasil, que foi transmitida no dia 04 de fevereiro. A Agência Brasil trouxe um registro resumido do encontro.
De acordo com o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Furtado, a corporação vai buscar alternativas para tentar contratar os candidatos remanescentes do último concurso público da PRF, aberto em 2018. A expectativa é que isso ocorra ainda este ano.
A declaração do chefe da PRF foi dada nesta terça-feira, 4, em entrevista ao programa Brasil em Pauta da TV Brasil, que será transmitida a partir das 21h. O resumo foi publicado pela Agência Brasil.
“Nós temos um concurso ainda válido, uma turma remanescente e a busca nossa é de iniciar um processo de formação para contratar. Existe até uma previsão orçamentária para isso”, disse Furtado.
Além de comentar sobre a previsão de chamar excedentes, o diretor-geral da PRF comemorou a chamada de mais aprovados, além do quantitativo inicial do edital. Foram convocados para o curso de formação um número três vezes maior ao que previa o edital de abertura do concurso.
“No ano de 2019, nós tínhamos uma previsão de ingresso de 500 profissionais. Conseguimos fazer o maior curso de formação, foram 1.565 profissionais. Diferentemente da previsão orçamentária, por um esforço de governo, nós nomeamos mil policiais e o restante são servidores que estão na condição sub judice – que estão sendo nomeados conforme as decisões judiciais”, comentou.
O Orçamento para 2020, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, prevê a chamada dos candidatos remanescentes. O quantitativo é de 614 policiais.
A Polícia Rodoviária Federal segue no aguardo de autorização para abertura de um novo concurso (Concurso PRF) para área de apoio e policial. A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) também espera por um aval positivo do governo federal para 2020.
Ao todo, são 4.435 vagas em análise para área Policial e de Apoio. O certame segue em análise no Ministério da Economia, pasta responsável por autorizações de concursos no âmbito federal.
Segundo o diretor de Comunicação da FenaPRF, Raphael Casotti, a FENAPRF luta constantemente pelo aumento do efetivo de policiais rodoviários federais. “É uma pauta permanente que desenvolvemos por acreditar que o maior beneficiado é a própria sociedade brasileira. E a sociedade clama por segurança pública eficiente e de qualidade. Temos resiliência na demonstração da necessidade de se reforçar os quadros da PRF, até chegarmos a um efetivo capaz de atender integralmente a demanda em todas as rodovias e estradas federais e áreas de interesse da União”.
Segundo o sindicalista, por lei, a PRF poderá ter até 13.098 policiais em atividade no país. “Estamos sempre atuando, em todos os governos, para levar essa pauta de contratação de servidores com regularidade”, garantiu. Sem a reposição de pessoal, cresce também o quantitativo de aposentadorias no órgão.
“Temos conhecimento de que a entrada do último concurso praticamente se equipara com as saídas por aposentadorias nesse período, mantendo o nível de alerta em alta, para o governo e para a sociedade, da necessidade de se manter o processo de reposição do efetivo da PRF”, sinalizou.
A Polícia Rodoviária Federal solicitou ao Ministério da Economia um novo pedido de concurso público (Concurso PRF) para o preenchimento de 4.435 vagas para cargos de níveis médio e superior.
De acordo com informações do departamento, foram solicitadas 4.360 vagas para o cargo de Policial Rodoviário Federal, de nível médio, e 75 para o de Agente Administrativo, que tem requisito de nível médio.
Os salários oferecidos pela PRF chegam a R$10.357,88 para nível superior e R$4.022,77 para nível médio.
Para ingresso na carreira de Policial Rodoviário Federal, é necessário nível superior (em qualquer área) e carteira nacional de habilitação (CNH) na categoria ”B”. Os candidatos devem ser avaliados por prova objetiva de conhecimentos específicos, prova discursiva, exame de capacidade física, avaliação de saúde, avaliação psicológica, investigação social, avaliação de títulos e curso de formação profissional.
As tarefas do Policial Rodoviário Federal dependerão da classe, sendo dividas em quatro: Classe Especial; Primeira Classe; Segunda Classe; e Terceira Classe. O salário inicial da carreira de policial rodoviário federal é de R$10.357,88 em 2019. Os valores já incluem o auxílio alimentação, que atualmente está fixado em R$458.
O Policial de terceira classe tem a missão realizar atividades de natureza policial envolvendo a fiscalização, patrulhamento e policiamento ostensivo, atendimento e socorro às vítimas de acidentes rodoviários e demais atribuições relacionadas com a área operacional do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, enquanto o de segunda classe terá que efetuar atividades de natureza policial envolvendo a execução e controle administrativo e operacional das atividades inerentes ao cargo, além das atribuições da Terceira Classe.
A PRF trabalha em parceria com outras instituições, como Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Federal (PF), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Receita Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e outros.
O concurso da PRF é composto por: a) prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório; b) prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório; c) exame de capacidade física, de caráter eliminatório, d) avaliação de saúde, de caráter eliminatório; e) avaliação psicológica, de caráter eliminatório; f) avaliação de títulos, de caráter classificatório; e g) investigação social, de caráter eliminatório, de responsabilidade da PRF.
O cargo de Agente Administrativo tem requisito de diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de nível médio (antigo segundo grau), fornecido por instituição de ensino reconhecida pelo MEC. A remuneração inicial do cargo chega a R$ 4.270,77, valor que já inclui o salário de R$ 3.812,77 e vale-alimentação de R$ 458. O último concurso nível médio da PRF foi realizado em 2014, sob organização da FUNCAB. Na ocasião, o certame contou com 216 vagas.
A expectativa é que os inscritos no novo concurso da PRF – Agente Administrativo sejam avaliados por prova objetiva eliminatória e classificatória, constituída de questões de múltipla escolha das matérias de Língua Portuguesa, Ética e Conduta Pública, Raciocínio Lógico, Nocões de Direito Constitucional e Administrativo, Noções de Arquivologia e Informática e Legislação Relativa à PRF. Além disso, os aprovados na prova objetiva serão avaliados por INVESTIGAÇÃO SOCIAL, etapa de caráter eliminatório.
O Agente Administrativo deverá executar atividades administrativas, de nível intermediário, relativas às competências legais da Polícia Rodoviária Federal, por meio da prestação de apoio técnico administrativo à área finalística da Instituição. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais.
De acordo com o presidente da FenaPRF, Deolindo Carniel, a federação luta para que a promessa do atual governo seja cumprida e a corporação possa realizar concursos da PRF anuais com 1.000 vagas.
Segundo Carniel, o objetivo é preencher a carência e chegar ao número de 13.098 policiais rodoviários federais, até o fim do governo Bolsonaro, em 2022. Para isso acontecer, seriam realizados concursos todos os anos para 1.000 vagas.
O presidente da FENAPRF concedeu entrevista a um canal oficial da PRF e respondeu à perguntas de internautas. Carniel falou sobre a importância da previsão orçamentária para novos concursos e chamadas de excedentes.
“Mil policiais a cada ano a partir de 2020. Mas, para nós é muito importante que conste na LDO, e é isso que estamos trabalhando nesse momento, que haja previsão para que se possa fazer concurso em 2020 para ingresso em 2021, 2022, 2023, assim sucessivamente,” disse.
O presidente ainda revelou que essa, inclusive, é uma promessa do próprio presidente Jair Bolsonaro. O governo federal tem objetivo de repor o efetivo legal e, dessa forma, mesmo com as aposentadorias poderia ser possível essa recomposição com mil vagas a cada ano.