O concurso da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) vem enfrentando turbulências após denúncias de fraudes durante a aplicação da prova objetiva no último domingo (27). Diante desse cenário, o governador do Rio, Cláudio Castro, decidiu anular a prova e definir novas diretrizes para a seleção. Mas afinal, quando podemos esperar pela nova prova?
De acordo com especialistas, a expectativa é que a aplicação do novo exame demore entre 45 dias e três meses. Essa estimativa leva em consideração o tempo entre a publicação do edital e a data da aplicação da primeira prova, que foi de cerca de três meses. Além disso, a prova discursiva de redação também precisará ser adiada.
Alguns professores acreditam em um processo mais ágil, esperando que a nova prova seja remarcada já na próxima semana. Nesse caso, a aplicação ocorreria entre 45 dias e dois meses, possivelmente em outubro. Essa data levaria em conta o calendário de outros concursos que também podem impactar o cronograma.
No entanto, há uma remota possibilidade de cancelarem o contrato com a banca responsável pela organização do concurso e contratarem uma nova empresa. Caso isso ocorra, será necessário passar por um novo processo licitatório, o que pode levar meses até a escolha da nova banca e a publicação de um novo edital. Nesse cenário, haveria a necessidade de um novo período de inscrições, e a empresa anterior teria que devolver os valores das inscrições anteriores.
Com a anulação da prova objetiva, todas as etapas subsequentes do concurso da PM RJ serão impactadas. Após a nova prova objetiva, os candidatos aprovados estarão aptos a participar da segunda fase, que consiste na prova escrita discursiva de redação. Em seguida, serão realizadas mais sete fases eliminatórias, incluindo exame antropométrico, teste de aptidão física, exame psicológico, exames médicos, exame social e toxicológico, além de avaliação documental.
Durante a aplicação das provas objetivas, foram registrados diversos problemas que levaram à anulação. Candidatos reclamaram da falta de fiscalização e estrutura nos locais de prova, afirmando que não havia compartimento para guardar os celulares, o que permitiu consultas indevidas. Além disso, circularam nas redes sociais vídeos e fotos dentro das salas de prova, bem como mensagens em grupos privados de candidatos admitindo o uso de “cola”. Também foram relatados atrasos na aplicação das provas e falta de detectores de metais.
Essas irregularidades causam preocupações tanto para os candidatos que já tinham obtido uma nota alta na prova objetiva, pois terão que lidar com um novo peso emocional na próxima prova, quanto para aqueles que tiveram uma pontuação abaixo do necessário, pois terão uma segunda chance.
Durante a aplicação das provas objetivas, a Secretaria Estadual de Polícia Militar realizou uma operação que resultou na prisão de 20 candidatos, sendo que 19 deles tinham mandados de prisão em aberto. Um outro candidato foi detido em flagrante por tentar usar dados falsos no processo seletivo.
Para realizar essa operação, a secretaria cruzou dados dos inscritos no processo seletivo com bancos de informações judiciais, identificando os locais de prova dos candidatos com pendências criminais. Dessa forma, as equipes policiais puderam prendê-los no dia da prova e conduzi-los às delegacias.
O concurso da PM RJ passa por um momento complicado após a anulação da prova objetiva devido a fraudes. Agora, resta aguardar as novas diretrizes e a definição da data para a realização do novo exame. Candidatos e especialistas têm expectativas diferentes quanto ao prazo para a nova prova, variando de 45 dias a três meses. Enquanto isso, é importante que a organização do concurso trabalhe para evitar problemas como os ocorridos na aplicação anterior, garantindo a lisura e a segurança do processo seletivo.
Com a nova prova, os candidatos terão a oportunidade de mostrar seu conhecimento e habilidades, buscando uma vaga no Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro. A jornada de estudos e preparação será prolongada, mas a anulação da prova objetiva visa garantir a igualdade de oportunidades e a justiça para todos os participantes. Agora, resta aguardar as próximas etapas do concurso e torcer para que tudo transcorra de forma transparente e eficiente.