O edital do concurso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 3 mil vagas temporárias, previsto para ser lançado no dia 20 de setembro, foi adiado. Agora, a expectativa é que o edital seja aberto até quarta-feira, 25 de setembro. A previsão foi passada pelo coordenador de Recursos Humanos do órgão, Bruno Malheiros, ao site Folha Dirigida.
O próximo edital do concurso do IBGE será organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O extrato de dispensa de licitação que confirma a banca foi publicado no Diário Oficial da União.
O processo de escolha da banca organizadora foi iniciado em julho. A princípio, o nome da banca vencedora estava previsto para ser divulgado em agosto, mas devido a problemas no pregão e recursos de companhias participantes da licitação, o anúncio sofreu atrasos, sendo divulgado nesta semana.
O primeiro concurso será divulgado com mais de 3 mil vagas, distribuídas entre os cargos de agente censitário operacional e coordenador censitário de subárea. Este será o primeiro edital do IBGE das mais de 234 mil vagas temporárias autorizadas. Os profissionais vão atuar no Censo Demográfico 2020.
As oportunidades do cargo de coordenador censitário de subárea serão para vários municípios do país e as de agente censitário para todas as capitais. A portaria autorizativa, publicada em maio, indica que os dois cargos reúnem 3.210 vagas. Os salários chegam a R$1.800 para agente e R$4.000 para coordenador.
Agora, com a divulgação da banca organizadora, o próximo passo deve ser a publicação do extrato de contrato entre as partes. Após esta etapa, o edital poderá ser divulgado.
De acordo com a portaria de autorização do certame, publicada no Diário Oficial da União, serão liberadas nada menos que 234.416 vagas para candidatos de todos os níveis de escolaridade (fundamental, médio e superior).
Na portaria de autorização, foi informado que o prazo para publicação do edital de abertura de inscrições do concurso IBGE será de até 6 (seis) meses, contado a partir da publicação da portaria, ou seja, até 06 de novembro. No entanto, a portaria autorizativa foi retificada, conforme documento publicado no Diário Oficial da União do dia 13 de agosto.
De acordo com o texto, assinado pelo secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, todos os editais previstos para esta seleção devem sair até maio de 2020.
O concurso vai ser divulgado em vários editais, conforme informou o coordenador de Recursos Humanos do IBGE, Bruno Malheiros, ao site Folha Dirigida. De acordo com ele, o primeiro edital vai contar com vagas para nível médio, nos cargos de agente censitário operacional e coordenador censitário de subárea. O projeto básico desse concurso já está sendo finalizado para a escolha da banca organizadora.
De acordo com o documento autorizativo, os profissionais poderão ser contratados para atuarem no Censo. O prazo de duração dos contratos deverá ser de até 1 (um) ano, prorrogável, desde que a prorrogação seja devidamente justificada com base nas necessidades de conclusão das atividades do Censo.
Função | Quantidade |
Coordenador Censitário de Subárea 1 | 600 |
Coordenador Censitário de Subárea 2 | 850 |
Agente Censitário Operacional | 1.760 |
Supervisor (call center) | 4 |
Agente Censitário Municipal | 6.100 |
Agente Censitário Supervisor | 23.578 |
Codificador Censitário | 120 |
Recenseador | 196.000 |
Supervisor PA | 1.304 |
Recenseador PA | 4.100 |
Total | 234.416 vagas |
O último concurso para o Censo Demográfico do IBGE foi divulgado em 2010. Na ocasião, o salário foi de R$2.058 para os agentes censitários e supervisores; R$2.158 para o cargo de agente de informática; R$2.358 para agentes municipais; R$1.958 para agentes administrativos; e R$2.958 para agentes regionais.
Na ocasião, as vagas foram para nível fundamental e médio:
Nível Fundamental: Recenseador;
Nível Médio: Agentes regional e administrativo, Agentes municipal e de informática e Agente Supervisor.
O que é o Censo? – A palavra censo vem do latim census e quer dizer “conjunto dos dados estatísticos dos habitantes de uma cidade, província, estado, nação”. O Censo é a única pesquisa que visita todos os domicílios brasileiros (cerca de 58 milhões espalhados por 8.514.876,599 km²). Para conhecer a situação de vida da população em cada um dos 5.565 municípios do país. Um trabalho gigantesco, que envolve cerca de 230 mil pessoas, bem diferente da pesquisa amostral, que, como o próprio nome indica, investiga uma amostra da população e, a partir de modelos estatísticos, chega à representação do todo.
Para que serve o Censo? – O Censo é a principal fonte de dados sobre a situação de vida da população nos municípios e localidades. São coletadas informações para a definição de políticas públicas em nível nacional, estadual e municipal. Os resultados do Censo também ajudam a iniciativa privada a tomar decisões sobre investimentos. Além disso, a partir deles, é possível acompanhar o crescimento, a distribuição geográfica e a evolução de outras características da população ao longo do tempo.
Que políticas públicas podem ser geradas a partir dos resultados do Censo? – Através do Censo, o poder público pode identificar áreas de investimentos prioritárias em saúde, educação, habitação, saneamento básico, transporte, energia, programas de assistência à infância e à velhice. E também selecionar locais que necessitam de programas de estímulo ao crescimento econômico e desenvolvimento social.
O Censo interfere nos repasses de verbas públicas? – Ao contar a população, o Censo produz resultados que servem de parâmetro para saber quanto cada cidade receberá de repasse federal. São os resultados do Censo que fornecem as referências para as estimativas populacionais realizadas nos anos seguintes, com base nas quais o Tribunal de Contas da União (TCU) define as cotas do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios. Além de fornecer informações imprescindíveis para a distribuição orçamentária das pastas da Educação, Cultura, Saúde e Infraestrutura, baseadas no número e distribuição da população.
O Censo interfere na representação política? – Sim. São os resultados do Censo que fornecem as referências para as estimativas populacionais, com base nas quais é definido o número de deputados federais, estaduais e vereadores de cada estado e município.
Como a iniciativa privada utiliza os dados do Censo? – Os dados do Censo fornecem parâmetros para as decisões de investimentos do setor privado, como a seleção de locais para a instalação de fábricas, shopping centers, escolas, creches, cinemas, restaurantes etc.
Como os censos surgiram no Brasil? – Antes de 1870, as estatísticas sobre a população brasileira eram conjecturais, destinadas a atender aos interesses de nossa então metrópole, Portugal. Sob recomendação da coroa portuguesa, autoridades eclesiásticas no Brasil contaram a população em 1776, e estimou-se que no Brasil viviam 1.900.000 “almas”.
Quando ocorreu o primeiro Censo no Brasil? – O IBGE considera que o primeiro Censo Demográfico do Brasil foi realizado em 1872, época em que o país era uma monarquia governada pelo imperador D. Pedro II. Além de perguntas sobre sexo, idade, escolaridade e estado civil, religião e deficiência física, o questionário incluía a pergunta se a pessoa era livre ou escrava. Já o primeiro Censo a ser realizado pelo IBGE foi o de 1940.