Curiosidades

Como verificar se a sua moeda de 10 centavos é rara

A grande maioria das pessoas não sabe, mas para encontrar uma moeda rara não é preciso realizar grandes expedições, como se vê em filmes, novelas e outras obras de ficção. A verdade é que qualquer pessoa pode encontrar estes itens valiosos até mesmo em um troco em uma feira.

É o caso, por exemplo, da moeda de 10 centavos do ano de 2004. Trata-se de uma peça que ainda tem valor monetário, ou seja, ela pode ser encontrada normalmente em qualquer venda. Mas é preciso prestar bastante atenção aos detalhes para evitar perder o item.

Abaixo, você pode conferir os principais detalhes da moeda de 10 centavos do ano de 2004. As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC) recentemente:

  • Novo Padrão Monetário 2º Família Diversos Metais;
  • Plano Monetário: Padrão Real 2º Família (1998-atualmente);
  • Período: República;
  • Casa da Moeda: Rio de Janeiro;
  • Diâmetro: 20mm;
  • Peso: 4.80gr;
  • Metal: Aço Revestido de Bronze;
  • Borda: Serrilhada;
  • Reverso: Moeda;
  • Desenho do Anverso: Busto de D. Pedro I inclinado à esquerda, ladeado pelo dístico Brasil e por cena alusiva à proclamação da Independência (7/9/1822), em São Paulo, às margens do Rio Ipiranga;
  • Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial 10 centavos e a data. À direita do valor, a constelação do Cruzeiro do Sul.
Exemplo de moeda de 10 centavos de 2004. Imagem: Reprodução

Quanto vale a moeda?

Mas o que a grande maioria das pessoas quer saber é mesmo o valor da moeda de 10 centavos do ano de 2004. Para obter essa informação, é necessário primeiramente entender que nem todas estas peças são consideradas raras.

Para que uma moeda de 10 centavos do ano de 2004 seja considerada valiosa, é preciso que ela seja reverso horizontal. Neste caso, o exemplar poderá ser vendido a nada menos do que R$ 70, de acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados.

O que é o reverso horizontal?

Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso horizontal? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras. 

Basicamente, as moedas com reverso horizontal são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima. 

Se o outro lado estiver de cabeça para o lado, estamos falando de uma moeda com reverso horizontal, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais. 

“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry. 

Como descobrir se moedas são valiosas?

Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.

Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.

“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.