Modelos de negócios baseados em franquias apresentam um desafio significativo para grandes redes que desejam se expandir para o varejo online. Trata-se de como desenvolver uma forte presença online que proporcione uma experiência positiva ao cliente, sem competir com lojas físicas.
Por isso, nesta matéria do Notícias Concursos, indicaremos como trabalhar com franquias no e-commerce e obter sucesso no seu negócio.
O termo “showrooming” refere-se ao fenômeno no qual um cliente experimenta um produto em uma loja física, mas acaba comprando online. Dessa forma, o primeiro ponto a destacar é a crescente importância das compras online. A saber, as compras virtuais dobraram de tamanho na última década e agora representam quase 4% de todas as vendas no varejo.
O oposto de showrooming é um fato conhecido como “webrooming”, que envolve consumidores pesquisando uma compra online antes de decidirem fazer uma compra em uma loja física.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Business Insider nos Estados Unidos, 69% dos entrevistados disseram ter feito pesquisa online antes de fazer uma compra em uma loja física (webrooming). Por outro lado, 46% realizaram o oposto.
Portanto, é preciso priorizar a experiência do cliente em todos os canais (online e offline, celular, desktop e telefone) em vez de focar apenas nas vendas online para ter sucesso.
Atualmente, o que se percebe é que os consumidores não conseguem entender as razões da não interação entre as lojas online e físicas. Neste caso, por exemplo, a mercadoria que foi comprada virtualmente não pode ser devolvida ou trocada em uma unidade física, mesmo que da mesma empresa.
No entanto, o que deve ser observado é que não importa para o cliente se este fato ocorreu em lojas franqueadas, lojas próprias ou licenciadas. O que importa mais do que o canal de distribuição para o consumidor é a qualidade de sua experiência pessoal com a marca.
Portanto, a pergunta é: como a marca criará sua tática para embarcar nesse mercado? Neste cenário, não é apropriado que as marcas desvalorizem a força de seus franqueados.
Desse modo, dividir os lucros com vendas online não é uma opção, mas sim a única forma de proceder. A saber, muitas marcas já estão nesse caminho, como O Boticário, Natura e CVC, que representam três modelos potenciais de entrada de marca de franquia para e-commerce.
Este modelo se torna intrigante para comissionar a franquia online, dependendo do espaço geográfico no qual o cliente se encontra. Assim, o franqueado mais próximo do consumidor recebe uma comissão pela venda.
A saber, essa é uma prática comum em marketing de afiliado, onde este pode ganhar uma comissão de até 20% por venda. Nesse caso, um franqueado, que pode optar por localizar sua loja em um shopping frequentado por até 5 mil pessoas diariamente, também teria direito a essas mesmas comissões, no mesmo valor.
É importante salientar que o modelo mais simples de compartilhamento de receita é aquele onde o franqueado recebe uma comissão por gerar novos negócios, que pode vir de publicidade ou outros esforços promocionais.
O modelo marketplace se trata daquele em que os varejistas online não mantêm nenhum estoque disponível. Por outro lado, fornecem uma plataforma tecnológica que liga os clientes aos franqueados da rede por meio de algoritmos baseados em distância.
Neste caso, o varejista paga uma comissão ao marketplace e não o contrário. Ainda assim, conseguir obter uma margem de lucro comparável ou superior à que obteriam vendendo o produto em uma loja física.
Como já mencionado, o marketplace não mantém estoque. Essa modalidade ajuda a rotacionar os produtos dos franqueados, melhorando o fluxo de caixa e saúde financeira da empresa.
Além disso, esse modelo também permite que equipe de vendas da franquia se envolva no processo, por exemplo, pagando uma comissão aos fornecedores que efetivamente concluem a venda (separação, emissão de notas e remessa).
Por outro lado, trata-se de uma modalidade muito mais complicada de executar, visto que você precisará gerenciar o estoque em várias franquias e informá-los sobre o procedimento de remessa.
Outros modelos existentes envolvem um híbrido de marketplace e compartilhamento de receita (no qual o franqueador vende diretamente ao cliente. No entanto, recompensa uma porcentagem menor ao franqueado, caso ele não estocar o produto). No entanto, também existem modelos que operar semelhante o Uber, em que a venda é feita para todas as lojas e fica para quem fechar primeiro.