A digitalização em massa que o mundo passou desde a pandemia de covid-19 deu uma nova importância para os profissionais de TI. Frente a um levantamento realizado pelo BID, o setor de tecnologia cresceu mais de 60% durante a pandemia, em comparação ao período pré-pandêmico.
O primeiro ponto foi a alta demanda por soluções de tecnologia, seja para trabalhar ou estudar de casa ou fazer compras online, entre outras necessidades. Concomitantemente, surgiu a alta adesão ao trabalho em home office ou remoto, o que permite que alguém trabalhe para uma empresa de qualquer lugar do mundo.
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Com isso, surgiu uma nova possibilidade para o mercado de trabalho de TI: trabalhar para uma empresa de fora e ganhar em dólar ou outra moeda estrangeira sem deixar de morar no Brasil. Os pontos positivos são muitos, já que o Real brasileiro já vem de uma desvalorização comparado às principais moedas usadas no mercado internacional (dólar e euro).
Isso traz a capacidade do profissional multiplicar suas receitas, sem falar na possibilidade de trabalhar em projetos de maior capacidade técnica, adquirindo bastante experiência. Há vagas no exterior que, por conta do câmbio, chegam a quase o dobro do valor pago no Brasil.
Para as empresas estrangeiras também há benefícios, como a maior possibilidade de encontrar pessoas capacitadas – há pouca mão de obra especializada disponível no mercado – e o fato de pagar mais barato, já que o custo de vida entre os países é diferente.
De 2011 a 2021, a demanda por vagas internacionais cresceu no Brasil em 80%, de acordo com uma pesquisa realizada pela Assespro-PR, frente aos dados divulgados pelo RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério da Economia. O fluxo segue firme também para a área de TI.
Desenvolvedores brasileiros, por exemplo, têm conseguido oportunidades nas big techs, as gigantes do mercado estrangeiro. Países como Alemanha, Estados Unidos e Canadá estão recrutando profissionais, com salários da moeda nativa e acima do valor que esses profissionais comumente recebiam quando trabalhavam no Brasil, presencialmente. De acordo com a Kstack, empresa especializada na oferta de soluções digitais e Hunting de profissionais de TI, o pré-requisito é possuir o idioma inglês fluente e conhecer a tecnologia solicitada pelo cliente.
Atuar no desenvolvimento de sistemas, aplicativos e atividades relacionadas ao mercado tech traz, além de flexibilidade, excelentes remunerações. E, o que é melhor, a possibilidade de escolher entre viajar pelo mundo ou ficar em casa, valor consequentemente agregado à qualidade de vida do candidato, além da certeza de que o setor de tecnologia vivencia um crescimento exponencial.
Características como ter a consciência de que todos os tipos de experiências contam para aprimorar o seu currículo, como conhecimento em outras áreas, por exemplo, e uma segunda ou terceira línguas, fazem toda diferença ao tentar uma vaga em ambientes profissionais externos, principalmente na área de TI.
A Kstack aponta que para conquistar uma vaga no exterior, é necessário investir tempo em conhecimento, já que cada profissional tem uma curva de aprendizado diferente. No entanto, o foco no inglês e nas diferenciadas soft skills, principalmente, é imprescindível manter. São cinco soft skills que os candidatos devem ter para trabalhar em empresas do exterior: