As compras pela internet tornaram-se uma constante na vida de todos. Essa modalidade foi acelerada por conta da pandemia da Covid-19, aonde tanto consumidores como comerciantes tiveram que se adaptar ao isolamento.
Agora, mesmo com as atividades físicas retornando, os compradores já perceberam os benefícios de comprar pela internet, e pretendem continuar usufruindo da comodidade, variedade e promoções irresistíveis. Mas infelizmente, muitos se empolgam e descuidam da segurança ao encherem o carrinho.
Com o crescimento do comércio eletrônico, foram adicionadas normas ao Código de Defesa do Consumidor (CDC) para fixar as obrigações das lojas online.
Alguns sites parecem lojas de venda de produtos quando na verdade querem aplicar um golpe, enquanto outros roubam seus dados, clonam seu cartão e criam promoções tentadoras para roubar o dinheiro de quem age por impulso quando se depara com um grande desconto.
O que devemos nos perguntar sempre, para evitar cair em furadas?
As lojas virtuais são obrigadas a oferecer informações como endereço, telefone, CNPJ e razão social. Desconfie de sites que não deixam estes dados à mostra.
Se você nunca ouviu falar dessa loja antes, faça uma pesquisa para descobrir o que os outros clientes dizem sobre ele. O Reclame Aqui pode dar uma ideia de problemas que o site apresentou nas vendas.
Chegou uma promoção mirabolante no seu celular com o link da loja? Desconfie antes de clicar! Convenhamos, não é normal, por exemplo, que todas as lojas estejam cobrando R$ 3.000,00 em uma máquina de lavar e só esse site ofereça a mesma máquina por R$ 300,00!
Na dúvida, pesquise, especialmente em períodos que as pessoas costumam ser menos cautelosas, como em período de Black Friday.
Desconfie de sites que não têm telefone, endereço físico e de e-mail para clientes tirarem dúvida sobre produtos ou resolver problemas.
Para tirar a prova, envie uma mensagem via chat ou ligue para o número que está no site. A prontidão em atender e responder sobe a credibilidade de um site.
Não faça compras em locais com Wi-Fi grátis e em computadores públicos. Esses ambientes são poucos seguros, aonde podem salvar seus dados pessoais, como seu CPF e as informações do seu cartão de crédito.
É muito chato ler as letras miúdas de um contrato. Mas elas são tão importantes que, nesse caso, podem ser determinantes para você saber se o site é ou não fraudulento.
É nesse tipo de documento que você vai entender como funciona a política da empresa em relação à devolução ou troca de produtos, além de como ela pretende armazenar seus dados pessoais, como CPF e número do cartão.
Esse golpe acontece quando uma pessoa se passa por funcionária de um “suporte técnico” do local da compra e diz que quer confirmar seus dados de pagamento, pedindo número de cartão, senha, o código de segurança dele ou outras informações para conseguir usar sua conta e/ou cartão depois.
A engenharia social também pode acontecer pelas redes sociais. Por exemplo, você recebe uma mensagem no inbox do Facebook de uma página oferecendo um cartão de crédito em nome de uma marca. Desconfie!
Empresas legítimas não pedem que você forneça seus dados, principalmente a senha do seu cartão. No máximo é a instituição que deve dizer quais são as suas informações e cabe a você apenas confirmar, mas ainda assim é preciso sempre ter atenção.
Esse termo soa estranho, pois uma fraude não pode ser amigável… mas ela acontece quando alguém do convívio, ou que tem um rápido acesso ao seu notebook ou celular. Como ele faz isso? Tirando prints do seu cartão virtual, salvando seus dados do cartão em uma loja.
Dependendo de quem tem acesso aos seus dispositivos, ações como essas podem fazer com que você perca o controle de futuras compras feitas por outros.
Por isso, evite emprestar seu cartão para terceiros, muito menos envie fotos do seu cartão para outra pessoa usar. Quem garante que essa foto está segura? Então tome cuidado.
Você presta atenção no remetente do boleto que você está pagando? Pois é, tem gente querendo dar golpe enviando um boleto falso.
Você acha que está pagando por um produto, quando na verdade não há nenhuma compra: o fraudador emite um boleto e envia para você pagar, às vezes se passando por uma empresa em que você confia.
Para se prevenir, basta verificar sempre os dados do beneficiário e do pagador, pois eles precisam estar corretos para assegurar que o boleto é verdadeiro.
Geralmente, as compras na internet podem ser pagas com um cartão de crédito, uma transferência bancária ou um boleto. Então, se um site não oferece essa opção de pagamento, desconfie da existência desse negócio.
O pagamento com cartão tem mais rastreabilidade, o seja, em caso de golpe, é mais fácil para as autoridades chegarem até o criminoso. Por isso mesmo que muitas fraudes na internet acontecem por meio de transferências bancárias ou pagamentos por boletos.
Estes termos acima se referem a sites e mensagens que “pescam” suas senhas e informações pessoais. Para isso, os golpistas disparam uma comunicação para inúmeras pessoas e esperam que alguém caia no golpe, de modo que você é induzido a revelar informações pessoais como senhas, CPF e número da conta bancária.
Para isso, os golpistas fazem uso de linguagem persuasiva, em promoções muito atrativas, frases chamativas e valores tentadores.
Mas nesse engodo, não é necessário fechar a compra. O ataque phishing ou smishing pode acontecer ao receber uma mensagem através de um e-mail ou mensagem que pode contém um arquivo com vírus, inserindo informações em um site que está se passando por outro com o objetivo de coletar seus dados.
Se você foi vítima de um golpe, se dirija até o PROCON (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) para formalizar sua denúncia. Ligue 151 e veja quais são as orientações para o seu caso. Também é possível abrir um chamado pelo site do PROCON, munido de todos os comprovantes possíveis.
Você também pode fazer um boletim de ocorrência. Em alguns estados já é possível fazer BOs online, então basta acessar o site da delegacia da sua região.