O cartão de crédito pode ser um grande aliado nos gastos do dia a dia. Saber que você tem um limite do cartão disponível para cobrir gastos, parcelar compras ou te socorrer em uma emergência pode trazer tranquilidade e até ajudar a realizar algum sonho, desde que usado de forma responsável. Com isso, surge a tão famosa dúvida: como aumentar limite?
As instituições financeiras têm modelos de crédito que levam em consideração uma série de fatores: não só a renda de cada pessoa, mas também informações sobre seu histórico de crédito. Afinal, o limite do cartão nada mais é que uma linha de crédito pré-aprovada, ou seja, um empréstimo que a instituição libera para seus clientes. A boa notícia: existem algumas ações que podem ser tomadas para ajudar seu perfil de crédito e melhorar as chances de aumentar o crédito. E o Notícias Concursos mostrará exatamente o que fazer na matéria desta quarta-feira (30).
Para responder essa dúvida, é preciso entender como funciona um cartão de crédito. Na prática, ele é um empréstimo a curto prazo. A instituição te empresta um dinheiro que é dela, e você pode usar esse valor ao longo de um ciclo (geralmente de um mês). Ao final dele, é necessário pagar a emissora pelo que foi gasto. O limite do cartão é, portanto, o valor disponível para empréstimo que cada pessoa recebe.
E, assim como quando você empresta qualquer coisa a alguém, é importante ter confiança. Nos bancos e demais instituições que fornecem crédito, essa confiança é medida por meio de análises de risco. É como se, antes de emprestar alguma coisa a alguém, você avaliasse se conhece essa pessoa bem o suficiente, se ela costuma devolver o que pega emprestado dos outros, e se faz um bom uso daquilo que emprestaram.
Idealmente, o limite que cada pessoa recebe corresponde à sua capacidade de pagar por esse “empréstimo” todos os meses. Mas nem sempre isso acontece. Uma dívida no passado, ou a falta de informações sobre um cliente, por exemplo, podem prejudicar os valores recebidos.
Confira cinco dicas de como aumentar limite e entenda por que esse processo nem sempre é rápido.
Não existe fórmula mágica. Antes de tudo, conseguir crédito tem a ver com o risco que você representa para a instituição que está te emprestando aquele valor. O mais importante é ter informações disponíveis sobre você e, principalmente, que essas informações sejam positivas.
Algumas boas práticas são:
Os bancos e instituições financeiras precisam te conhecer para entender qual limite é compatível com as suas necessidades e quais as chances de pagar a dívida. Envie seu comprovante de renda mais atualizado para que a instituição consiga avaliar quanto consegue fornecer de crédito sem comprometer a sua vida financeira. Ao receber uma promoção ou mudar de emprego, não deixe de alterar os dados sobre o quanto você recebe mensalmente.
É muito importante pagar o total das suas faturas até o vencimento e evitar deixar valores em aberto. Imprevistos acontecem, e as instituições oferecem possibilidades de pagamento para clientes que não puderem pagar suas faturas integralmente.
Mas, sempre que possível, procure pagar o total dos seus gastos. Esse comportamento indica que você usa o cartão de maneira responsável e contribui para manter seu histórico positivo.
Se você perceber que não conseguirá pagar a fatura do cartão, entre em contato com a sua instituição para tentar negociar. Pagar alguma coisa é melhor do que não pagar nada, e, muitas vezes, dá para fechar algum tipo de acordo com juros mais baixos do que os de atraso.
Lembre-se de que as instituições que fornecem crédito precisam de informações sobre você. Para que isso seja possível, é preciso ter um histórico de crédito no mercado.
Se você utiliza vários cartões de crédito e quer aumentar o limite de um deles, centralizar todos os seus gastos no cartão prioritário pode ajudar a aumentar o seu limite pré-aprovado. Isso porque a instituição entenderá que você tem explorado o limite disponível bem o suficiente.
Outra dica é usar o cartão de crédito até mesmo para aquelas compras menores do dia a dia: padaria, loja de R$ 1,99, banca de jornal. Sabe aqueles gastos pequenos que você tem quando sai para resolver algo na rua e acaba comprando uma coisinha ou outra?
Essas compras, mesmo que menores, ao serem somadas, farão com que seu gasto total no cartão seja um pouco mais elevado. Só é importante lembrar de guardar o valor que você usaria para pagar essas compras. Assim, ao invés de pagá-las na hora com o cartão de débito ou dinheiro, você paga com o cartão de crédito e depois usa o dinheiro guardado para pagar a fatura.
Ao deixar de pagar alguma empresa por um produto comprado ou serviço prestado, essa empresa pode apontar o seu CPF nos órgãos de proteção ao crédito, como o Serasa e o Boa Vista SCPC. Quando isso acontece, você fica negativado, ou seja, com aquilo que é chamado de “nome sujo”. As consequências de estar negativado são variadas, mas a principal delas está relacionada a conseguir crédito.
Antes de fornecer crédito a alguém, as instituições normalmente consultam o CPF para analisar o risco que essa pessoa representaria. Caso seu nome esteja negativado por alguma pendência em outro lugar, muito provavelmente o crédito será negado, mesmo que você mantenha os pagamentos em dia no banco onde pediu um limite mais alto.
Às vezes, por mais que você tenha um ótimo comportamento e saiba que consegue arcar com despesas maiores, a empresa ainda não te conhece o suficiente para assumir um risco mais alto. Em outros casos, a demora para a liberação de um limite maior tem mais a ver com a capacidade de concessão de crédito da instituição do que com você.
Por isso, a dica extra é ter paciência para construir esse relacionamento com a sua instituição financeira. Aos poucos, as informações sobre o seu perfil de gastos vão sendo reunidas e você poderá ter um limite do cartão mais compatível com as suas necessidades.