A Secretaria de Estado da Educação (Seed) do Paraná anunciou a criação do Comitê de Planejamento de Retorno às Aulas pós-pandemia. O objetivo é discutir com a comunidade escolar um plano único e abrangente de retorno das aulas presenciais em todo o estado. O comitê ficará responsável de definir a data para a retomada das atividades escolares presenciais.
Farão parte do comitê representantes de todos os setores envolvidos na Educação do Paraná e também representantes da Secretaria de Saúde. Outro objetivo estabelecido para o comitê é que ele deve se tornar o canal oficial e confiável de informações sobre o retorno das aulas presenciais.
Segundo o diretor-geral da Seed, Gláucio Dias, a intenção de iniciar a discussão ainda no momento crítico da pandemia é justamente para evitar especulações e trazer informações precisas aos paranaenses. “Queremos trazer segurança para as famílias paranaenses e isso se faz com planejamento sério e informação”, destacou.
“Este é o momento crítico da doença. Estamos acompanhando de perto o trabalho feito pela Secretaria da Saúde e só voltaremos quando pudermos garantir a segurança de todos, dos alunos, dos pais e mães e também dos professores e servidores da Educação”, completou.
O plano unificado incluirá ações e protocolos sanitários rígidos que valerão para as escolas públicas e privadas. “Antes de definirmos data, vamos definir como faremos a volta. Isso passa por questões como a gestão de pessoal, com a preocupação de não expor ninguém, em especial do grupo de risco, até a aquisição de insumos como termômetros, máscaras, álcool e produtos de limpeza”, resumiu. “Isso tudo envolve custo e logística, o que certamente estará dentro da pauta do comitê”, disse.
A secretaria já estuda diversos cenários para o retorno. A discussão foi levada inclusive ao Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) onde está sendo tratada a nível nacional. Os principais cenários envolvem turmas menores, com distanciamento entre os estudantes. Neste cenário seria necessário mais espaço físico e um maior número de professores.
Um segundo modelo estudado é o de um retorno “híbrido”, onde as turmas revezariam as aulas presenciais e não presenciais. “Metade teria aula na escola, enquanto a outra metade acompanharia de casa, revezando dia sim, dia não”, explica o diretor-geral.
Há ainda preocupações com os protocolos que serão adotados na alimentação e no transporte, dois momentos de grande aglomeração entre os alunos. Fonte: Rádio Cultura Foz