Visando a retomada do crédito consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), juntamente com representantes do Ministério da Fazenda, da Casa Civil e de instituições financeiras, definiu um novo teto de juros para as operações.
Neste sentido, a taxa que tinha sido reduzida de 2,14% para R$ 1,70% pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), foi elevada para 1,97%. Com essa decisão, cinco bancos anunciaram a retomada da oferta, sendo eles: Caixa Econômica Federal, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Banco Pan.
A nova alíquota foi anunciada na última terça-feira (28). No mesmo dia, a Caixa informou que aguardaria a publicação da Instrução Normativa do INSS para voltar a oferecer o crédito consignado aos beneficiários. Da mesma forma, o Banco do Brasil se pronunciou e deve incluir o serviço novamente em seu catálogo.
Enquanto isso, de acordo com o Bradesco, a modalidade de crédito deve ser reativada pela instituição nesta quarta-feira (29). Já o Banco Pan, afirmou que a modalidade estará disponível em suas plataformas a partir de quinta-feira (30).
Apesar dos anúncios, as instituições financeiras informaram que só vão retornar com o crédito após a publicação na nova regulamentação no Diário Oficial da União (DOU). Lembrando que o novo teto de juros do consignado do INSS de 1,97% se deu após um consenso entre o presidente Lula, ministros, e representantes de bancos.
No entanto, também é importante frisar que além do empréstimo, os juros do cartão consignado também subiram para 2,89%. Até a última semana, várias empresas financeiras suspenderam o serviço. Acontece que com a taxa em 1,70% as operações não se sustentavam, sem trazer rendimento às instituições.
Contudo, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou que a taxa de juros de 1,97% ainda é alta, mas que a decisão foi tomada para atender às necessidades de todos. “Nós recuamos no que nós tínhamos proposto inicialmente [1,70%]. Continuo achando a taxa alta, mas a gente tem que fazer o que é possível, nem sempre o que a gente quer”, disse.
O projeto foi apresentado durante o governo Bolsonaro. Desse modo, muitos segurados do INSS estavam contando que a liberação do 14º salário poderia acontecer no mandato de Lula. Todavia, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, adiantou que isso não deve acontecer.
A justificativa é que não há recursos o suficiente que possibilite o pagamento do salário extra do INSS. “O 14º é mais difícil porque é um peso muito alto. Não posso agarrar os céus com as mãos. Tenho uma realidade muito difícil. Não podemos fazer tudo ao mesmo tempo porque senão o governo não aguenta“, afirmou Lupi.