Nos últimos meses, a popularidade de Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu. Um dos fatores para esse aumento foi o auxílio emergencial de R$ 600, que ajudou a população mais vulnerável a ter renda garantida durante a pandemia do novo coronavírus. De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro tenta manter a boa imagem entre o possível eleitorado e, com isso, não se importa em se indispor com a equipe econômica publicamente.
Uma das indisposições mais recentes aconteceu quando membro da equipe econômica deu entrevista ao G1 afirmando que estava sendo cogitado congelar as aposentadorias como forma do governo ter recursos para criar o Renda Brasil. Assim que a declaração tomou as principais manchetes do país, o presidente veio à público desautorizar a ideia, afirmar que ela é “desconectada” com a realidade e ameaçar a equipe de cartão vermelho.
Desde então, de acordo com Bolsonaro, discussões sobre o Renda Brasil estão proibidas. O programa substituiria o Bolsa Família. Em seguida, Bolsonaro autorizou o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento para 2021, a criar um novo programa de transferência de renda.
Recentemente, o governo prorrogou o auxílio emergencial por mais quatro parcelas – ainda que não para todos os beneficiários. As novas parcelas são de R$ 300, em vez dos originais R$ 600. A diminuição do pagamento pela metade também é um fator que pode ter impacto direto na popularidade de Bolsonaro.