Curiosidades

Colecionadores já pagam quase R$ 1 mil por este conjunto de moedas de 10 centavos

Normalmente preteridas pela maioria da população, as moedas de 10 centavos ocupam um lugar especial no coração dos numismatas. De acordo com colecionadores, o Brasil conta atualmente com dezenas de milhares de peças como estas, que podem ser consideradas raras em alguns casos.

Neste artigo, por exemplo, vamos citar algumas moedas de 10 centavos que podem ser consideradas valiosas. Juntas, estas peças já valem quase R$ 1 mil de acordo com numismatas. São elas:

  • Moeda de 10 centavos do ano de 1994;
  • Moeda de 10 centavos do ano de 1995;
  • Moeda de 10 centavos do ano de 1996;
  • Moeda de 10 centavos do ano de 1997.

Todas estas moedas fazem parte da primeira família do Plano Real. Embora sejam antigas, elas ainda possuem valor monetário, e podem ser encontradas a qualquer momento em um trocado no comércio, por exemplo.

Características das moedas

Abaixo, vamos listar as principais características das moedas de 10 centavos citadas neste artigo, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):

  • Material: aço inox;
  • Diâmetro: 20,0 mm;
  • Peso: 2,96 g;
  • Espessura: 1,20 mm;
  • Bordo: liso;
  • Eixo: reverso moeda (EH) ?;
  • Circulação: de 01/07/1994 a atual;
  • Desenho do Anverso: Efígie da República, dístico BRASIL e ramos de louro estilizados;
  • Desenho do Reverso: Valor, data e ramos de louro estilizados.

O valor das moedas

Mas afinal de contas, quanto valem as moedas de 10 centavos citadas neste artigo? De acordo com especialistas, os valores podem ser elevados, caso a peça conte com um erro de cunhagem conhecido como REVERSO INVERTIDO. Veja os valores indicados para estes casos:

Conjunto de moedas pode se aproximar dos R$ 1 mil. Imagem: Reprodução

Note, no entanto, que estas são apenas projeções gerais feitas por numismatas. Os valores indicados para as moedas de 10 centavos com o REVERSO INVERTIDO podem variar de acordo com a sua capacidade de negociação.

O que é uma moeda reverso invertido?

Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário sabe que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras. 

Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima. 

Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais. 

“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry. 

A evolução da história

Mesmo na época do Brasil Império, já existia uma preocupação com o material usado nas moedas que seriam usadas no comércio. De acordo com um relatório histórico do Banco Central, com o passar dos anos, os imperadores começaram a alterar o material usado na fabricação destas peças.

“Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel”, diz o Banco Central

“Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922, devido ao alto custo do metal”, completa o BC.