Curiosidades

Colecionadores já pagam até R$ 500 por estas duas moedas antigas. Você tem alguma?

Quanto vale uma moeda antiga? De acordo com especialistas na área da numismática, não há uma resposta exata para esta pergunta. O valor projetado para estas peças varia de acordo com uma série de pontos, como a tiragem do exemplar, e com o grau de conservação, por exemplo.

Por isso, neste artigo específico vamos falar sobre duas moedas antigas bem parecidas e que contam basicamente com as mesmas características. São elas:

  • Moeda de 20 centavos de 1961;
  • Moeda de 20 centavos de 1961 com o REVERSO INVERTIDO.

Ambas as moedas não possuem mais valor monetário, e não podem mais ser encontradas em um trocado no comércio, por exemplo. Mas nada impede que elas sejam encontradas em qualquer outro lugar.

Características das moedas

Abaixo, você pode conferir as principais características das moedas de 20 centavos do ano de 1961, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):

  • Plano Monetário: Padrão Cruzeiro (1942-1967);
  • Período: República;
  • Casa da Moeda: Rio de Janeiro;
  • Diâmetro: 19mm;
  • Peso: 1.4gr;
  • Metal: Alumínio;
  • Borda: Lisa;
  • Reverso: Moeda;
  • Moeda Desmonetizada;
  • Desenho do Anverso: Escudo das armas da República e a inscrição ‘REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL’;
  • Desenho do Reverso: Valor de face e data.
Exemplo de moeda de 20 centavos do ano de 1961. Imagem: Reprodução

Quais são os valores

Agora, vamos indicar quais são os valores projetados pelos catálogos numismáticos mais atualizados para estas moedas de 20 centavos do ano de 1961. Confira:

  • Moeda de 20 centavos de 1961:
MBC SOBERBA FLOR DE CUNHO CERTIFICADA
R$ 3,00 R$ 10,00 R$ 30,00 R$ 100,00
  • Moeda de 20 centavos de 1961 com o REVERSO INVERTIDO:
MBC SOBERBA FLOR DE CUNHO CERTIFICADA
R$ 100,00 R$ 250,00 R$ 500,00

Entendendo as classificações

Para os iniciantes, as inscrições acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores. 

  • MBC

Para começar, vamos detalhar o que significa uma moeda MBC. Este termo significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.

  • Soberba

Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.

  • Flor de cunho

O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas. 

O que é uma moeda reverso invertido?

Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário sabe que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras. 

Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima. 

Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais. 

“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.