O universo da numismática continua atraindo muitas pessoas no país. A saber, esse termo se refere ao estudo e especialização em cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico.
O nome também caracteriza o ato de colecionar estes itens. Por isso, os colecionadores de moedas são chamados de numismatas, e o seu número tem crescido significativamente nos últimos tempos.
Em resumo, diversas pessoas gostam de colecionar itens, que podem ser bem comuns, mas também bastante excêntricos. Seja qual for a natureza do objeto, a importância que eles possuem para os colecionadores é bem real e verdadeira.
Por isso que é relativamente comum encontrar pessoas dispostas a pagarem caro por itens com valores faciais baixo. Esse é o caso de uma moeda comemorativa de 1 real, cujo valor facial é de simplesmente 1 real, mas o seu valor no universo da numismática chega a impressionante marca de R$ 7.000.
Quem poderia imaginar que uma simples moeda teria uma valorização tão grande assim? Isso é bem difícil de acreditar, mas a verdade é que os numismatas gastam valores absurdos, porque eles não se importam com o valor facial dos itens.
Por exemplo, é provável que uma pessoa não consiga pagar uma conta de R$ 100 com esta moeda comemorativa de 1 real. Isso porque o valor elevado do item se restringe ao universo da numismática. Para as demais pessoas, no geral, o modelo continua sendo igual a todas as outras moedas de 1 real.
Essa valorização expressiva de alguns itens acontece devido às características únicas deles. Aliás, os pontos mais visados pelos colecionadores são:
Estas características não chamam a atenção de milhões de pessoas no país, mas isso não acontece com os colecionadores. Caso um item tenha uma ou várias peculiaridades, ele tende a valer muito, pois os numismatas se dispõem a pagar caro por eles. Em outras palavras, a demanda costuma definir o valor dos modelos.
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Em algumas ocasiões, como datas comemorativas e momentos de celebração, o BC costuma solicitar a fabricação exclusiva e limitada de alguns exemplares.
Geralmente, são estes modelos que costumam valer uma fortuna devido à sua quantidade restrita, e foi justamente isso o que aconteceu com a moeda citada neste texto.
Em 2019, para comemorar a criação do real, o BC lançou a moeda alusiva aos 25 Anos do Real. A propósito, o modelo possui as seguintes características:
De acordo com o BC, a tiragem total da moeda foi de 25 milhões de unidades. Em suma, essa quantidade não é considerada alta pelos colecionadores, ainda mais por se tratar de um modelo específico para uma data comemorativa, ou seja, ela não foi fabricada novamente.
O catálogo ilustrado Moedas com Erros, de 2024, revela que a moeda de 1 real do beija-flor pode valer R$ 550 se tiver o reverso invertido. Para conferir se o modelo tem o erro, basta girá-lo na vertical, ou seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a moeda, o reverso ficar de ponta cabeça, significa que ela está invertida.
Entretanto, o modelo pode valer muito mais se for bifacial. Estimativas de colecionadores e numismata indicam que essa moeda de R$ 1 chega a valer até R$ 7.000 se possuir este erro. Há ainda quem diga que ela pode se valorizar ainda mais com o tempo.
O modelo bifacial não possui o valor de 1 real no reverso, como as demais moedas de 1 real. Na verdade, os dois lados do exemplar possuem o beija-flor. Aliás, o catálogo traz uma foto com certificação dada pelo numismata Patrick Amato, confirmando que o modelo é real e autêntico.