O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) acusou o Governo Federal de esconder dinheiro para não pagar o Auxílio Emergencial por mais tempo. O presidenciável disse isso em sua conta oficial do Twitter nesta segunda (21). De acordo com ele, o Planalto teria usado a quantia de forma indevida.
“O deputado Mauro Benevides Filho (PDT) criou projeto de lei para encontrar R$ 170 bilhões do orçamento para Bolsonaro pagar o auxílio até atingir 75% de vacinação no Brasil. Sabe o que os canalhas fizeram? Pegaram o dinheiro e colocaram nos juros da dívida. Depois disseram que não tinha dinheiro”, disse Ciro.
O Governo Federal não respondeu essa acusação de Ciro Gomes, pelo menos não até a publicação desta matéria. Nesta semana, aliás, o Planalto está seguindo com os pagamentos da terceira parcela do Auxílio Emergencial.
De acordo com informações do Ministério da Cidadania, o benefício deste ano está pagando valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. São montantes portanto mais baixos do que aqueles que o Governo Federal pagou durante o ano passado, quando as parcelas podiam chegar em R$ 1200 em alguns casos.
O Governo Federal, no entanto, vem dizendo que vai prorrogar o benefício. De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, essa prorrogação vai ser de dois ou três meses. O mais provável mesmo é que o Auxílio siga até o próximo mês de outubro.
O valor do benefício emergencial é tema de debate até hoje em dia nas redes sociais. Inicialmente, o Governo acreditava que essas críticas iriam diminuir na medida que os pagamentos fossem saindo. No entanto, não foi de fato isso o que aconteceu.
Mesmo depois dos pagamentos das duas primeiras parcelas, o Governo segue recebendo críticas dos mais diversos setores da sociedade civil. Na prática, no entanto, é muito pouco provável que eles aumentem o valor do projeto em questão.
Isso porque o discurso do Governo Federal é o mesmo. De acordo com eles, o país não pode gastar muito com os pagamentos do Auxílio Emergencial. Segundo dados da PEC Emergencial, o Palácio do Planalto pode gastar até R$ 44 bilhões com os repasses do programa em questão.
Se por um lado o Governo recebe críticas por gastar de menos, do outro eles recebem críticas por gastar demais. De acordo com informações da imprensa, alguns setores não gostam nada da ideia de prorrogar o Auxílio Emergencial por mais três meses.
Esses empresários acreditam que Bolsonaro poderia estar colocando a saúde das contas públicas em risco. Por isso, eles estão pedindo mais responsabilidade fiscal por parte do Planalto. Sabendo disso tudo, o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) prometeu que não vai descuidar de nenhum dos lados.
Em entrevista recente, Pacheco defendeu a prorrogação do Auxílio Emergencial por mais um ou dois meses. Além disso, ele disse que o Governo não vai descuidar do lado fiscal com esses pagamentos. O Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia discordou e disse que Bolsonaro estaria gastando tanto quanto Dilma Rousseff (PT) teria feito às vésperas das eleições presidenciais em 2014.