Desde que o ciclone extratropical se formou, o que aconteceu no domingo (03), no Sul do país, ele vem causando um rastro de destruição. Foram perdidas de 21 vidas no Rio Grande do Sul e mais uma em Santa Catarina.
No Rio Grande do Sul, em decorrência dos efeitos do ciclone, 15 dos 21 óbitos confirmados ocorreram em uma residência em Muçum, no centro do estado. Ademais, seis aconteceram na região mais ao norte do estado, nos municípios de Mato Castelhano, Passo Fundo, Ibiraiaras e Estrela.
Uma morte ocasionada por conta dos efeitos do ciclone ocorreu sobre o Rio Taquari, durante a tentativa de resgate de uma pessoa por helicóptero. Infelizmente, o cabo se rompeu, resultando na queda da vítima e do policial socorrista. A mulher não resistiu aos ferimentos e faleceu, enquanto o policial encontra-se em estado grave.
No final desta tarde de ontem, terça-feira (05), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, fez uma grave confirmação. Este é o maior número de óbitos registrado em situações como essa no estado.
“Recebo a informação de 15 corpos localizados no município de Muçum, o que causa profunda tristeza e eleva o número de falecimentos de seis para 21. Isso configura o maior número de óbitos em evento climático no estado do Rio Grande do Sul.”
No oeste de Santa Catarina, um indivíduo perdeu a vida após o carro em que estava ser atingido pela queda de uma árvore. Ela foi derrubada durante uma ventania de 110 km/h em Jupiá, na segunda-feira (04).
Os dois estados também apresentam extensos danos causados pelas tempestades. Em Santa Catarina, a Defesa Civil do estado confirmou a ocorrência de um tornado no município de Santa Cecília, na comunidade de Anta Morta.
De acordo com o governo gaúcho, o Rio Taquari transbordou em diversas cidades, incluindo Muçum, Roca Sales, Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Encantado e Colinas. No momento, o Rio Taquari ainda mantém o nível de inundação acima do normal nas estações Muçum, Encantado e Estrela.
O Rio Caí ultrapassou essa cota nas cidades de São Sebastião do Caí e Montenegro. No Rio Grande do Sul, a Defesa Civil emitiu alertas de inundação para o Rio Caí, que continua subindo a partir de São Sebastião do Caí.
A possibilidade de deslizamentos de terra é elevada devido à umidade do solo. Em muitos desses municípios, famílias estão sendo evacuadas de suas casas de forma preventiva.
O estado também registrou queda de granizo, ventos fortes e tempestades, resultando em transtornos associados, como enxurradas e inundações. Os estragos foram mais acentuados na região dos Vales, no Norte e na Serra Gaúcha.
Alguns municípios enfrentam pontes submersas ou interditadas. As enxurradas levaram à ruptura da ponte que liga Farroupilha a Nova Roma, com a queda de uma das cabeceiras.
No último balanço, a Defesa Civil gaúcha reportou que 62 municípios foram impactados pelas consequências do ciclone extratropical nos últimos dias. Assim, afetou aproximadamente 25.734 pessoas em todo o estado. O número de desalojados diminuiu de 2.649 para 215 no momento. Além disso, a Defesa Civil identificou 309 casas com telhados danificados e três completamente destruídas.
No programa semanal “Conversa com o Presidente,” Lula expressou sua solidariedade à população que está enfrentando os impactos das fortes chuvas. O presidente anunciou que o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e um representante da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil viajarão ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (6).
O governo oferecerá assistência no que for necessário. Lula enfatizou o compromisso em ajudar as pessoas a enfrentar esses desafios climáticos. Além disso, ele desejou que a chuva diminua, permitindo que as pessoas tenham paz, tranquilidade e qualidade de vida.
Em sua conta na rede X, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, lamentou as mortes causadas pelo quarto evento climático severo no estado desde junho deste ano. Ele ressaltou que a prioridade no momento é salvar vidas, realizar resgates e proteger as pessoas afetadas.
Os helicópteros do Governo Estadual foram mobilizados para os resgates nas comunidades mais impactadas, especialmente na região do Vale do Taquari. O governador também mencionou que planeja visitar as áreas afetadas assim que for possível para acompanhar os trabalhos e garantir apoio às famílias e municípios nas operações de reconstrução.