O Ciclo da Borracha brasileiro pode ser dividido em dois períodos principais, um no século XIX e outro no século XX.
A exportação de látex foi de suma importância para a movimentação da economia brasileira, afetando o desenvolvimento de diversas áreas do país, com destaque para a região Norte.
Assim, não é de se surpreender que o assunto apareça com tanta frequência nas principais provas de história do Brasil do país, como os vestibulares, os vestibulares militares, o ENEM e as provas de concursos.
O Ciclo da Borracha compreende o período no qual a extração e comercialização de látex foram as duas principais atividades econômicas do país.
O período pode ser dividido em dois momentos: um no século XIX e outro no século XX.
Em 1495, a borracha brasileira já era conhecida, uma vez que havia sido mencionada até mesmo em uma das cartas de Cristóvão Colombo. Porém, a a economia da colônia de exploração brasileiro, na região da Amazônia, estava restrita, à época colonial, ao extrativismo de especiarias como cacau, guaraná e cravo.
A extração do látex para a consequente produção de borracha só despertaria o interesse dos colonizadores portugueses a partir do século XVIII, quando o naturalista francês Charles Marie la Condamine divulgou diversas informações sobre o processo de extração e fabricação da goma de látex.
Assim, a partir das análises e dos estudos de Condamine sobre a borracha, colonizadores de todo o mundo se interessaram pelo produto e passaram a pensar em formas de obtê-lo.
Porém, a procura pelo produto irá se intensificar ainda com o advento da Segunda Revolução Industrial em diversos países, na segunda metade do século XIX. Com isso, a borracha, ideal para a produção de pneus de automóveis, motocicletas e bicicletas, correias, mangueiras e solas de sapatos, passa a ser um produto extremamente valorizado.
O Ciclo da Borracha ocorre em dois momentos diferentes da história brasileira. Primeiramente, a extração do látex para a produção de borracha na região central da floresta amazônica ocorreu entre os anos de 1879 e de 1912. Depois, o produto será novamente procurado entre os anos de 1942
e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.
No século XIX, a exploração da borracha movimentou a economia de diversos países do mundo. Na cidade de Paris, por exemplo, no ano de 1803, foi fundada a primeira fábrica de produtos de borracha do planeta. NO ano seguinte, o inglês Thomas Hancock criaria o elástico, que utiliza como principal matéria-prima o látex.
No ano de 1839, por fim, o látex passou a ser considerado um produto com grande potencial para ser utilizado nas indústrias que se desenvolviam no período. O produto será ainda mais procurado a partir do momento em que Charles Goodyear desenvolve o processo de vulcanização para a produção de pneus.
Dessa maneira, o governo brasileira se aproveita da alta demanda mundial para explorar as árvores seringueiras que existiam em abundância na região Norte do país. Com o auge do Ciclo da Borracha no fim do século XIX, as cidades de Manaus, Porto Velho e Belém passam a se beneficiar com uma série de melhorias que eram feitas pelo governo federal, uma vez que se tornaram locais fundamentais para os negócios sobre o látex.
O Ciclo da Borracha, no Brasil, ocorre também em um segundo momento, que se inicia no ano de 1942 e vai até 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.
No segundo ciclo, o Brasil recebeu milhões de dólares dos Estados Unidos para realizar a extração em larga escala do látex e produzir diversos produtos utilizando-o, principalmente aqueles que seriam necessários para a defesa dos países durante o conflito.
Porém, após a Segunda Guerra Mundial, a borracha amazônica perdeu o seu poder de comercialização. O enfraquecimento da exportação do produto é consolidado pela chegada da borracha sintética nos anos 60, que poderia ser produzida com mais rapidez.