Chegou oficialmente ao fim a greve dos trabalhadores do metrô de São Paulo. De acordo com as informações de usuários nas redes sociais, todas as linhas operam normalmente no início da manhã desta quinta-feira (20). Foi portanto um alívio para muita gente.
De acordo com as informações oficiais, o Sindicato dos Metroviários decidiu parar a greve em uma reunião na noite da quarta-feira (19). Esses trabalhadores decidiram aceitar um acordo depois de vários encontros com representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Além disso, vários agentes do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) também participaram das reuniões em questão. Os empregados acreditam que o acordo foi satisfatório e decidiram retomar os trabalhos normalmente nesta quinta-feira (20).
E pelo menos até aqui, é justamente isto o que está acontecendo. Na quarta (19), várias linhas passaram por paralisações. Foram os casos da 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (monotrilho). Essas três primeiras funcionaram de forma parcial. O monotrilho parou completamente.
O Metrô disse que leu os pontos do acordo, mas não vai conseguir cumprir com todos eles neste momento. Esta é uma informação importante porque os metroviários marcaram uma nova reunião para a próxima terça-feira (25). Na ocasião, eles podem portanto marcar uma nova paralisação para a semana seguinte.
Esses trabalhadores do metrô estavam fazendo uma série de reivindicações trabalhistas. Talvez a principal delas seja mesmo a questão do reajuste salarial. Esses empregados afirmam que não registram esse reajuste há algum tempo. No entanto, este não foi o único ponto.
Eles também pediram atualização de situações como gratificação por tempo de serviço, abono salarial a ser pago no dia 31 de março de 2022 e a manutenção de todas as demais cláusulas previstas na Sentença Normativa 2020/2021.
“A proposta do tribunal atendeu parcialmente a nossa reivindicação”, disse Wagner Fajardo, coordenador do Sindicato dos Metroviários em entrevista para o Portal de Notícias UOL. O Metrô se pronunciou dizendo que não dá para cumprir todos esses pontos agora.
“Podemos melhorar a proposta do dia 17 de maio, antecipando o pagamento da PR de 31 de janeiro de 2022 para 31 de agosto de 2021 e o abono salarial de 31 de março de 2022 para 31 de janeiro de 2022”, disse a empresa em nota.
Além de tudo isso, alguns trabalhadores do metrô estavam pedindo pela vacinação contra a Covid-19. Esses empregados dizem que estão com medo de contaminações. De fato, eles trabalham diariamente em contato com milhares de pessoas que usam esses transportes todos os dias.
No entanto, essa é uma questão que não cabe ao Metrô. Quem vacina a população são as esferas do Governo. Neste caso, o Governo de São Paulo seria o responsável pela aplicação das doses. No entanto, o Governador João Dória (PSDB) ainda não se pronunciou sobre o caso.
De acordo com dados de secretarias de saúde do Brasil, o país registrou, até aqui, mais de 440 mil mortes por causa da Covid-19. Destas, 106 mil foram em São Paulo, o local da greve no metrô.