Economia

CESTA BÁSICA: veja os alimentos que ficaram MAIS CAROS em abril

Os brasileiros que dependem de cesta básica não tiveram muitos motivos para comemorar em abril. Isso porque o valor da cesta subiu em quase todos os locais pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em resumo, o levantamento coleta preços em 17 capitais brasileiras, revelando as variações nos preços da cesta básica, tanto na base mensal quanto na anual. Além disso, o Dieese informa mensalmente quais produtos tiveram as maiores oscilações em seus valores.

Dessa forma, os consumidores passam a entender o que ajudou a encarecer ou reduzir o preço da cesta básica em cada mês. Em abril, alguns itens muito importantes na mesa dos brasileiros ficaram mais caros no país.

Por isso que o valor da cesta básica subiu em 14 dos 17 locais pesquisados, pressionando a renda da população.

Feijão fica mais caro em todas as capitais

De acordo com o Dieese, o preço do quilo do feijão subiu em todas as 17 capitais em abril. O levantamento coleta os valores do feijão preto nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro. Já o tipo carioquinha é pesquisado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além de Belo Horizonte e São Paulo.

Cabe salientar que o Dieese coleta os preços dos tipos mais consumidos em cada local. No caso do feijão preto, o menor avanço foi registrado em Florianópolis (1,92%), enquanto a maior alta ocorreu em Vitória (4,96%).

Apesar da elevação mensal, o resultado acumulado em 12 meses ficou bem dividido. Do lado das altas, ficaram Porto Alegre (1,49%) e Florianópolis (1,00%). Em contrapartida, os valores caíram no Rio de Janeiro (-4,90%), em Curitiba (-3,17%) e Vitória (-2,98%) no acumulado dos últimos 12 meses.

Já em relação ao tipo carioquinha, as altas oscilaram entre 2,23%, em Belém, e 7,96%, em Campo Grande. No acumulado de 12 meses, todos os locais registraram aumento no preço do feijão, com destaque para o Recife, onde o item ficou 40,58% mais caro.

O Dieese explicou que o principal motivo para a alta nos preços do feijão preto foi a baixa oferta do grão no país. Em relação ao feijão carioquinha, a redução da oferta de grão de melhor qualidade ajudou a encarecer o item. Tudo isso aconteceu em um cenário em que os valores de ambos os itens já estão bastante elevados no país.

Todos esses resultados impactaram o preço da cesta básica, que acabou subindo na maioria dos locais pesquisados em abril. Contudo, não foi apenas o feijão que impulsionou o valor da cesta básica no mês passado.

Confira abaixo outros alimentos que pesaram mais significativamente no bolso dos brasileiros em abril.

Batata e tomate sobem na maioria dos locais

Outros dois alimentos, também bastante consumidos pelos brasileiros, ficaram mais caros em abril e pressionaram o valor da cesta básica: a batata e o tomate. Entretanto, diferentemente do feijão, as altas não atingiram todos os locais, mas foi por pouco.

A batata, cujos preços são coletados no Centro-Sul do país, ficou mais cara em quase todas as capitais. A única exceção foi São Paulo, onde o tubérculo teve queda de 0,59%. Já as altas oscilaram entre 4,93%, em Florianópolis, e 26,88%, em Campo Grande.

Embora o valor da batata tenha subido em abril, o tubérculo ficou mais barato em todos os locais pesquisados no acumulado dos últimos 12 meses. Entre as reduções, a mais intensa veio de Curitiba, onde o preço do alimento caiu 26,80%.

O Dieese revelou que a Semana Santa elevou significativamente o consumo da batata no país, ou seja, a demanda disparou, ajudando a impulsionar o valor do item. Ao mesmo tempo, as chuvas afetaram a colheita do tubérculo, que acabou ficando mais caro no varejo brasileiro em abril.

Por sua vez, o tomate ficou mais caro em 14 das 17 capitais pesquisadas. As altas mais expressivas vieram das capitais da região Sul: Porto Alegre (35,69%), Florianópolis (28,33%) e Curitiba (26,04%). Entre os poucos recuos, o mais intenso foi registrado em Natal (-15,70%).

Considerando os últimos 12 meses, o tomate ficou mais barato em todas as 17 capitais. Em suma, as quedas oscilaram entre 7,63%, em Fortaleza, e 39,94%, no Recife. De acordo com o Dieese, a menor oferta do tomate, Mdevido ao fim da safra de verão, elevou o preço do item no varejo brasileiro.

Por fim, o Dieese coleta os preços nas seguintes capitais: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.