Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro disse durante uma live no Facebook que o número de radares nas rodovias diminuiu. Segundo ele, cerca de 6 mil equipamentos foram retirados. Antes disso, haviam quase 8 mil radares, reduzido a apenas 2 mil, segundo o presidente.
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Com a redução no número de radares que medem a velocidade dos veículos nas rodovias, a arrecadação com multas caiu. Para fins de comparação, em 2018 foram calculados quase R$ 936 milhões em multas por radar. Já em 2020, a quantia arrecada foi em torno de R$ 340 milhões.
Percebe-se que a diminuição foi mais que a metade. Segundo Bolsonaro, os dados são da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Inclusive, o órgão ressalta que em 2018 eram monitorados quase 8 mil equipamentos de tráfego, todos distribuídos nas rodovias nacionais.
Embora os radares fixos tenham sido retirados, ainda há outra forma de fiscalizar a velocidade. Os equipamentos portáteis são geralmente portados por policiais rodoviários e podem ser apoiados em tripés.
No entanto, com a nova regulamentação, a fiscalização ocorrerá apenas em pontos de risco, ou seja, com um planejamento operacional. Neste caso, os locais devem ter histórico de acidentes e recorrência de veículos que ultrapassem a velocidade limite no trecho.
Desta forma, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deve mapear e divulgar em seu portal digital os trechos fiscalizados. Até o momento, a organização conseguiu identificar 904 trechos em todo o país. Destes, 176 são trechos em perímetro urbano e 728 em regiões rurais.
Vale ressaltar que em 2019 os radares começaram a ser desligados. Na época, as mortes por acidentes aumentaram em 15% nas rodovias federais. No mais, as multas por excesso de velocidade diminuíram cerca de 2,3 milhões.