Primeiramente, é crucial salientar que nenhum celular pode ser categorizado como seguro ou completamente imune à água. Mesmo quando o dispositivo ostenta classificações de proteção como IPx8 ou IP68, persiste a possibilidade de infiltração de líquidos.
Os líquidos penetram no celular devido à pressão externa exercida sobre a interna. No entanto, é possível evitar uma tragédia quando se entende melhor o que acontece quando se dá tal eventualidade.
A água e a eletricidade são elementos incompatíveis. No instante do contato, a água dispersa a eletricidade por toda a sua extensão.
Esse fenômeno, ao se manifestar nos circuitos de um dispositivo eletrônico, pode resultar no conhecido curto-circuito, sendo agravado se a descarga, transmitida pela água, for excessivamente intensa. É desaconselhável utilizar o celuar durante chuvas intensas ou imergi-lo em ambientes aquáticos, como piscinas, para evitar tais situações.
A abordagem é direta: caso o dispositivo entre em contato com a água, a recomendação é retirá-lo imediatamente. Utilize uma flanela ou pano de microfibra para secá-lo completamente, agitando o aparelho para extrair a água de todas as suas aberturas.
Desligue-o imediatamente, pois há a possibilidade de a água não ter atingido as partes eletrônicas do dispositivo. Substitua regularmente o papel ou pano à medida que ficar úmido e prossiga com o processo de secagem.
Mesmo após a secagem externa, é crucial considerar a umidade interna ou até mesmo a presença de água. Se o modelo do seu dispositivo permitir a remoção da bateria, faça isso para auxiliar na secagem.
No caso de tampa traseira colada, remova o chip e os cartões de memória, se possível, para eliminar quaisquer vestígios de água e prevenir a oxidação gerada pelo contato entre água, oxigênio e metal. Posicione o aparelho verticalmente, permitindo que, com a ação da gravidade, a água se mova e escorra para fora do dispositivo.
Mantenha a tranquilidade, evite a pressa e resistência à tentação de ligar o aparelho imediatamente. Este é o momento de recorrer ao método do arroz, pois foi comprovado que o arroz possui propriedades absorventes de água. Prepare uma vasilha ou pote, preenchendo-o com arroz.
Faça um espaço no arroz e coloque o dispositivo dentro do recipiente, envolvendo-o por todos os lados com o arroz. Deixe o aparelho nessa condição por, no mínimo, 24 horas. É crucial respeitar esse período mínimo para assegurar uma secagem adequada.
Após esse período, faça a tentativa de ligar o aparelho. Se ele ligar, excelente. Nesse caso, você pode retomar o uso normal do dispositivo, mas é aconselhável ter mais cuidado para evitar situações semelhantes no futuro.
Se, por outro lado, o aparelho não ligar, experimente conectá-lo ao carregador, pois a bateria pode ter sido descarregada durante o processo. Após isso, tente ligá-lo novamente.
Se não houver sucesso, é possível que tenha ocorrido um curto-circuito na placa ou em outra parte do aparelho. Nesse cenário, é recomendável entrar em contato diretamente com um Serviço Autorizado da marca.
As certificações IP são cruciais para entender a resistência e proteção de dispositivos eletrônicos contra água e poeira. Aqui está um resumo dos níveis de proteção pelos códigos IP citados acima:
É crucial notar as diferenças entre essas classificações ao considerar o uso do dispositivo em ambientes com água. E, lembrando, é sempre recomendável consultar o manual e o site do fabricante para informações específicas sobre a resistência à água e poeira de um dispositivo.