Enem 2023: saiba quais são as escolas com as 50 maiores notas do país e as top 10 por estado

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma das principais referências para estudantes que desejam ingressar no ensino superior. Todos os anos, milhares de estudantes se preparam e realizam a prova, buscando obter uma boa pontuação para aumentar suas chances de conquistar uma vaga em uma universidade ou instituto técnico.

A importância do Enem

O Enem é conhecido por ser uma avaliação abrangente, que aborda diversas áreas do conhecimento. Além disso, a prova também inclui uma redação, que exige dos estudantes habilidades de escrita e argumentação.

A pontuação obtida no Enem pode ser utilizada para ingressar em instituições de ensino superior públicas e privadas, além de possibilitar a participação em programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

As escolas com as maiores notas do Enem

Recentemente, foram divulgadas informações sobre as escolas com as maiores notas no Enem. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as 50 escolas com as maiores notas são, em sua maioria, da rede privada.

Esses dados, obtidos exclusivamente pelo jornal O Globo, revelam que apenas 4 das 50 escolas com as maiores notas do Enem são da rede pública. Essa discrepância entre as redes de ensino chama a atenção e evidencia a desigualdade educacional no Brasil.

As escolas públicas com as maiores notas

Entre as escolas públicas que se destacam no Enem, é possível identificar algumas características em comum. Muitas delas possuem mecanismos de seleção para ingresso de estudantes, como unidades militares ou vinculação com universidades federais e estaduais.

Um exemplo é o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que ocupa a 20ª posição no ranking das maiores notas do Enem. Já a escola pública com a melhor nota no Enem está localizada em Ipatinga, Minas Gerais, e ocupa a posição 1.444 no ranking geral.

Diferenças entre redes de ensino

Uma análise dos resultados do Enem revela diferenças significativas entre as redes pública e privada. Em 2022, a diferença na prova objetiva chegou a 67 pontos, o menor índice dos últimos oito anos. No entanto, na redação, essa diferença é quase três vezes maior, com 182 pontos separando os estudantes das duas redes.

Curiosamente, o desempenho médio das escolas públicas apresentou um leve crescimento durante a pandemia, enquanto nas escolas privadas houve uma queda devido à crise sanitária. Em 2019, antes da pandemia, as escolas públicas registraram uma média de 493 pontos no Enem. Em 2022, esse valor subiu para 506, o melhor resultado desde 2015. Já as escolas privadas passaram de 599 pontos para 586 pontos no mesmo período.

Fatores que influenciam o desempenho

Embora não haja informações sobre a renda dos alunos, é possível estabelecer uma relação entre as notas das escolas e a escolaridade das mães dos estudantes. Segundo um levantamento da edtech AIO Educação, escolas em que a maioria das mães nunca estudou obtiveram uma média de 426,15 pontos no Enem. Já nas instituições em que a maioria das mães completou o primeiro ciclo do ensino fundamental, a média sobe para 476,11. Nos casos em que há mais mães com ensino superior completo, a média chega a 590,45 pontos.

Esses dados mostram a importância de investir em políticas de educação que promovam a igualdade de oportunidades e reduzam as desigualdades socioeconômicas. É fundamental garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade, independentemente de sua origem ou condição socioeconômica.

Medidas de redução da desigualdade são essenciais

O Enem é uma ferramenta importante para avaliar o desempenho dos estudantes e possibilitar o acesso ao ensino superior. No entanto, os dados revelam desigualdades entre as redes de ensino, com a maioria das escolas com as maiores notas sendo da rede privada.

É essencial que sejam adotadas medidas para reduzir essas desigualdades e promover uma educação de qualidade para todos os estudantes. Somente assim será possível construir um país mais justo e igualitário, onde o acesso à educação seja um direito de todos. O Enem é apenas um instrumento, mas é necessário ir além, investindo em políticas educacionais que garantam oportunidades iguais para todos os estudantes.

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