O Classicismo é a constituição artística durante o período do Renascimento. Surgido na Europa, entre os séculos XIV e XVI, a era classicista visava criar uma nova concepção de mundo e do homem.
Também conhecido como Quinhentismo, ele surgiu após a transição humanista que marcou a mudança da Idade Média para o Renascimento. O Classicismo foi um grande movimento literário que caracterizou as transformações renascentistas, com forte influência das regras clássicas greco-latinas.
Épico: gênero de construção de uma narrativa nacional, seguindo o modelo greco-romano. Através desse gênero grandes feitos e conquistas eram contados, além de destacar o homem como o herói das histórias.
Sátira: nesse gênero há uma ridicularização dos ideais e costumes medievais (clero e nobreza).
Principal obra: A Divina Comédia
Resumo da obra: guiado pelo poeta romano Virgílio e em busca de sua amada Beatriz, Dante viaja entre o inferno, o purgatório e o paraíso. Geralmente dividido em três livros, o primeiro (Inferno) é o mais lembrado. Para Dante, o inferno é divido em nove círculos que se constroem dentro da Terra. Até mesmo o clero (papa) pode ser vistos pagando pelos seus pecados.
Principal obra: O Cancioneiro
Resumo da obra: poeta da língua “vulgar” (variação do latim semelhante ao italiano moderno), Petrarca é lembrado por descrições realistas sobre o amor e a sociedade italiana da época, criticando o Trovadorismo medieval e a nação de amor cortês.
Principal obra: Decamerão
Resumo da obra: é uma coleção de cem novelas, com aspectos realistas. A temática se dá através dos efeitos da peste negra na Europa. Observador de costumes, ele se atentava para as reações diante do flagelo ou o hedonismo desenfreado, ou o ascetismo fanático.
Principal obra: O Príncipe
Resumo da obra: obra filosófica que se apresenta como manual da arte da política moderna. Destinada ao príncipe Lourenço de Médici, ela tinha como objetivo esclarecer a postura política necessária ao governante para unificar e fortalecer o Estado Italiano. O objetivo do livro, contudo, não se tornou realidade. Mas, a obra de Maquiavel inspirou a formação das monarquias absolutistas europeias.
Principal obra: A Utopia
Resumo da obra: de caráter político e filosófico, analisa a pobreza e a miséria na Inglaterra do século XVI. Morus constrói a ideia de “utopia” (do grego “lugar nenhum”) que seria uma ilha flutuante vagando pelos mares. Nela, não haveria divisões sociais e o poder político seria descentralizado.
Principal obra: Hamlet
Resumo sobre autor: as obras de Shakespeare eram dramatúrgicas em sua imensa maioria. Crítico das ambições políticas e questionador dos costumes sociais ingleses, ele utilizava de histórias reais e mitos como alegoria para suas reflexões e costumes.
Principal obra: Elogio à loucura
Resumo: a obra de Erasmo foi escrita em 1509 e foi em homenagem ao amigo Thomas Morus. Livro de caráter filosófico, alterna entre o satírico e o sombrio acerca da religiosidade católica. As críticas de Erasmo sobre a Igreja Católica ressoaram posteriormente nas obras da Reforma Protestante.
Principal obra: Os Lusíadas
Resumo da obra: a obra de Luís de Camões é um dos maiores épicos da literatura europeia. Nela, dividida em dez contos, o autor narra a viagem de Vasco da Gama, contornando o Cabo de Boa Esperança e chegando até Goa, na Índia. Elementos mitológicos, bíblicos e um lusofoníssimo constante são algumas das características da obra. Ele faz uma exaltação dos portugueses como exploradores dos mares.
Principal obra: Ensaios
Resumo da obra: de caráter cético e crítico ao moralismo, a obra de Michel Montaigne é caracterizada por uma série de escritos sobre a ética e a moral conforme exemplos comuns da época – como o canibalismo de índios brasileiros. Nos seus ensaios, o autor procurou fazer de relatos de viagem uma forma de contestar as posições dogmáticas e moralistas.
Nas artes plásticas, mas especificamente na pintura e na escultura, houve uma grande diferença entre as artes do período medieval para a do período renascentista. Entre essas mudanças estão:
Luz e Sombra: preocupação com a luminosidade nos quadros, inclusive na religiosidade.
Perspectiva: as dimensões matemáticas eram testadas com novas relações de perspectiva.
Cores Fortes: o uso de cores vibrantes quebrava a sobriedade da arte medieval.
Nas suas obras enaltecia o humanismo e a perfeição das formas do corpo. Pintou uma série de afrescos de 1508 e 1541, no teto da Capela Sistina, entrando em uma forte polêmica com a Igreja. As esculturas englobam uma expressão corporal que garante o equilíbrio, revelando uma imagem humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas, além das expressões das figuras que refletiam sentimentos. Mesmo contrariando a moral cristã da época, o nu volta a ser utilizado, refletindo o naturalismo como forma de valorizar o homem como medida de todas as coisas.
Ficou conhecido por buscar sempre formas realistas ao retratar eventos da História Antiga, ou mesmo da Bíblia. Encontrou problemas com a Igreja por retratar o homem em harmonia e fugindo dos conflitos medievais.
Famoso por suas Madonas, série de quadro da Santíssima Virgem, diversos painéis nas paredes do Vaticano e várias cenas da História Sagrada, conhecidas como Bíblias de Rafael.
A obra é marcada por vários valores simbólicos da cultura humanista que representa os sentimentos e comportamentos humanos, aproveitando em sua arte a força expressiva do ser perante acontecimentos de seu tempo. Ele privilegiava, especialmente, as expressões do rosto.