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Cangaço: Entenda como ocorreu o movimento social

Um dos mais icônicos movimentos do nordeste brasileiros sempre aparece em provas!

O cangaço foi um movimento social que ocorreu na região Nordeste do Brasil nos séculos XIX e XX. O grupo era formado por cangaceiros que eram nômades armados.

O bando demonstrava a insatisfação pelas condições desumanas em que boa parte do povo do nordeste se encontrava, visto que o poder estava estritamente concentrado entre os fazendeiros. 

A saber, o nome cangaço é derivado da junção da palavra “canga” que é um item utilizado na cabeça do gado para realizar transporte. Em decorrência disso, por serem andarilhos, esse termo acabou sendo escolhido. 

Além disso, os cangaceiros conheciam muito bem a região da caatinga, e por isso exerceram o domínio do território por um bom tempo entre 1870 e 1940. A saber, muitos tinham a segurança de coroneis, custando-lhes uma troca de favores.

Desse modo, o tema poderá aparecer em vestibulares de todo país, assim como no ENEM, por isso, vale a pena ficar ligado no assunto, veja!

História do cangaço

No final do século XIX o Nordeste brasileiro enfrentava diversos problemas sociais, econômicos, na qual contribuía para o aumento da violência, da fome e da miséria. 

Em decorrência disso, surgia nesse período os primeiros cangaceiros no norte e nordeste do Brasil. Entretanto, o movimento organizou-se fortemente somente no século seguinte. 

Desse modo, acabou destacando-se e tornando-se um fenômeno social da história do país. O cangaço visava trazer uma realidade mais inclusiva e igualitária para o povo do sertão. 

Destemidos, os cangaceiros saiam armados com espingardas, facas e punhais, por vários locais do nordeste brasileiro. Eles saqueavam fazendas, sequestravam e matavam fazendeiros, e impunham respeito por onde passavam. 

Em síntese, a população mais pobre, acabou se sentindo acolhida e protegida, defendendo os cangaceiros, e os tinham  como símbolo de força e honradez. 

Contudo, alguns grupos de cangaceiros aterrorizavam a população, deixando o rastro de medo e temor. Eles roubavam, matavam e até mesmo estupravam mulheres que estavam na aldeia. 

Os cangaceiros eram bem característicos e possuíam estilo próprio. Eles se vestiam com roupa de couro, visando a proteção contra a vegetação da caatinga, e supostos ataques vindos da polícia. 

Afinal, eles eram perseguidos constantemente, e com esse estilo de vida e luta, o cangaço durou décadas. 

Lampião e Maria Bonita

Conhecido como Lampião, Virgulino Ferreira da Silva (1897 – 1938) recebeu a alcunha de “O  Rei do Cangaço”. Ele nasceu em Serra Talhada no Pernambuco. 

A saber, ele foi ex-coronel da Guarda Nacional, passando por vários estados nordestinos, lutando contra a injustiça, a qual o povo do sertão estava exposto. 

Sua companheira, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita (1911 – 1938) tornou-se a primeira mulher a participar do cangaço, lutando ao lado dos homens, ficou conhecida como a “Rainha do Cangaço”. 

Os dois acabaram assassinados no estado de Sergipe em 1938, após uma investida das autoridades, durante o governo de Getúlio Vargas. Era o fim do casal mais popular do cangaço. 

A morte dos líderes, representou o praticamente do movimento. Desse modo, alguns cangaceiros, acabaram se entregando para as autoridades com medo de serem mortos. 

Contudo, há relatos de que o cangaço perdurou até os anos de 1940, e teve um ponto final mesmo após a morte dos amigos de lampião, entre eles, Cristino Gomes da Silva Cleto que atendia pelo nome de Corisco. 

O tema realmente é repleto de curiosidades. E por fazer parte de nossa cultura pode aparecer nas principais provas do país!