Economia

CAIXA: Nova linha de crédito pode ser contratada por mulheres com “nome sujo”

A presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, anunciou que mulheres com nome sujo, ou seja, com restrição no CPF (Cadastro de Pessoa Física), podem contratar a mais nova linha de crédito do banco, a “Caixa pra Elas Empreendedoras”.

Como o próprio nome sugere, a intenção é que essas mulheres formalizem o seu negócio, se tornando microempreendedoras individuais (MEI). Ao ser questionada sobre o lançamento da linha durante o período das Eleições 2022, Marques disse ter “autonomia técnica para exercer a presidência do banco”.

Empreendedorismo

Segundo a executiva, o empreendedorismo social é a saída de muitos relacionamentos abusivos e prejudiciais à saúde mental e física de muitas mulheres. Daniella, desde que assumiu a presidência da Caixa, se comprometeu em ajudar as mulheres criando oportunidades para redução da desigualdade.

Vale ressaltar que 80% das famílias integrantes do Auxílio Brasil são chefiadas por mães solteiras. Mas, atualmente, apenas 5% das mulheres que possuem conta na Caixa participam de outros serviços oferecidos pela instituição. “Queremos crescer a participação das mulheres [em nossos serviços]”, afirmou a presidente da Caixa.

Além disso, das 17 milhões beneficiárias mulheres do Auxílio Brasil, 70% possui alguma atividade autônoma ou informal. Em razão disso, esse público é o principal foco do programa social. Com a nova linha, a beneficiária poderá ter acesso ao crédito de R$ 1 mil, mesmo participando do antigo Bolsa Família.

Nova linha de crédito

As beneficiárias que contratarem o crédito terão vantagens liberadas no decorrer do contrato do crédito. Após três meses de formalização, por exemplo, será possível solicitar o crédito de antecipação de recebíveis e cartão de crédito.

A partir de seis meses, as contratantes terão acesso ao Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe), no valor de R$ 12 mil. E, depois de 12 meses, as empreendedoras poderão contratar as linhas com valores maiores, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

O novo serviço também faz parte de ações que a instituição tem realizado na redução da violência contra as mulheres. “Não dá pra falar em prevenção contra a violência se a gente não ajuda na independência financeira”, afirmou Thays Cintra, vice-presidente de Negócios de Varejo da Caixa.

Contudo, desde que foi lançado em agosto, o programa Caixa pra Elas já disponibilizou cerca de 85 mil novos cartões de crédito para as mulheres. Ademais, o serviço já soma um valor de R$ 1,7 bilhão entre as contratantes.