O Ministério do Trabalho e Previdência informou nesta quinta-feira (28) que o Brasil criou 130,1 mil postos de trabalho formal em novembro de 2023. O resultado mostra que o país registrou uma quantidade bem maior de admissões do que de demissões no penúltimo mês do ano.
Os dados foram bastante positivos, já que a quantidade de vagas formais de emprego geradas no país cresceram levemente em relação aos números observados em novembro de 2022, quando o Brasil criou 127,8 mil empregos formais.
Aliás, os números superaram pelo segundo mês seguido os dados de 2022, algo que surpreendeu o mercado, já que, em 2023, os números não vinham tão positivos quanto os de 2022.
Em síntese, o governo Lula estava enfrentando grandes desafios em relação à geração de emprego, registrando resultados inferiores aos observados no mesmo período de 2022. Entretanto, os últimos meses de 2023 estão apresentando dados mais fortes que os do mesmo período do ano passado.
Estes números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A saber, não é mais adequado fazer comparações com os dados referentes a anos anteriores a 2020, pois o governo federal do ex-presidente Jair Bolsonaro modificou a metodologia do levantamento.
De acordo com os dados do Caged, o mercado de trabalho brasileiro teve os seguintes números em novembro deste ano:
Com o acréscimo do resultado de novembro, o Brasil passou a registrar um saldo de 44,36 milhões de empregos com carteira assinada. Além disso, o Ministério do Trabalho também revelou que o Brasil criou 1,91 milhão de vagas formais de emprego entre janeiro e novembro de 2023.
O levantamento do Ministério também mostrou que o setor de serviços se destacou na criação de empregos formais no Brasil em novembro de 2023, algo que acontece em praticamente todos os meses.
Veja abaixo quantas vagas foram criadas em cada setor pesquisado:
Em resumo, o setor de serviços liderou a criação de empregos no país em novembro, já que o setor é considerado o grande empregador do país. O saldo ficou levemente maior que o registrado por comércio, uma vez que este setor disparou devido ao crescimento de vagas por causa do final de ano.
Em novembro, apenas os serviços e o comércio registraram geração de vagas formais no país. Os demais setores fecharam postos de trabalho, limitando o resultado nacional no mês.
Vale destacar que, na comparação com outubro, o setor de serviços registrou queda de 17,3 mil vagas criadas. Isso porque, no mês anterior, o setor criou quase 110 mil postos de trabalho no país. Ainda assim, os serviços seguiram na liderança nacional.
Por sua vez, o número de vagas criadas pelo comércio cresceu 78,7% em relação a outubro (49,6 mil vagas). Os dois setores geraram mais de 181 mil postos de trabalho no país em novembro, mas os números do demais setores reduziram em 50 mil esse dado.
Cabe salientar que a indústria havia criado 20,9 mil vagas de emprego em outubro, enquanto a construção havia gerado 11,5 mil postos de trabalho. Já a agropecuária intensificou o fechamento de vagas em relação a outubro (-1.656 postos).
O Ministério do Trabalho também revelou dados sobre as regiões brasileiras. No penúltimo mês de 2023, houve a abertura de vagas em quase todas as regiões do país. Veja os dados de cada uma delas:
Os dados mostram que a região Sudeste respondeu por cerca de 56,4% do total de vagas criadas no país em novembro, ou seja, mais da metade dos números nacionais. Embora o dado tenha sido bastante expressivo, o resultado caiu 24% em relação às vagas criadas em outubro, que totalizaram 96.576 empregos gerados.
Por sua vez, a região Nordeste teve um grande desempenho, subindo uma posição no ranking. A região apresentou uma queda de 11% em relação ao número de empregos criados em outubro (36.647 vagas). Apesar da queda nos números, a região teve o recuo mais leve entre as regiões. Por isso que subiu uma posição, ultrapassando o Sul.
Por falar nisso, os números da região Sul caíram 30,3% em relação a outubro (37.742 vagas). Já a queda no Norte chegou a 54,9%, maior recuo percentual do mês.
Mesmo que os dados tenham caído na base mensal, todos as regiões seguiram com números positivos no mês. Entretanto, isso não aconteceu com o Centro-Oeste, que havia criado 10 mil vagas de emprego em outubro, mas fechou mais de 5 mil postos de trabalho em novembro.
Por fim, vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, não incluindo os trabalhadores informais do país. Portanto, os dados não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD).