Tecnologia

Brasileiros se preocupam mais em perder arquivos digitais do que objetos

A Western Digital divulgou os resultados de sua pesquisa sobre armazenamento de dados em países da América Latina, como Argentina, Brasil e México, ouvindo 1 mil pessoas de cada nação. No Brasil, o destaque foi a preocupação com os dados digitais, já que 66% dos brasileiros se preocupam mais em perder seus arquivos digitais do que objetos físicos. 

O resultado influencia diretamente no conhecimento e no uso do backup por brasileiros. Dos países pesquisados, o Brasil é aquele onde o maior percentual de pessoas sabe o que é um backup (89%), onde eles são mais realizados (90%) e onde a frequência de backups é maior (9,2 vezes em média por mês), com o maior percentual de backups diários (26%).

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Para os brasileiros que não o fazem, os principais motivos são por não saber como fazer (30%), não consideram necessário (28%), esquecem de fazer (24%) ou seus arquivos não são tão importantes (21%). 

Em relação ao tipo de armazenamento que possuem, 54% responderam “gratuito on-line/em nuvem”, enquanto o cartão de memória ficou em segundo lugar, com 43%, e o pendrive em terceiro lugar, com 40%. Nesse caso, destaca-se a preferência por fazer seus backups on-line/na nuvem (47%), ficando abaixo a opção por dispositivos físicos, com 31%. Alinhado com a média geral, 23% dos entrevistados brasileiros preferem combinar soluções usando tanto o armazenamento on-line quanto o uso de dispositivos físicos. 

Destaques gerais

Os dados gerais da pesquisa, realizada pela Ipsos Digital de forma online entre 27 de fevereiro e 3 de março deste ano, destaca que a grande maioria dos entrevistados (86%) sabe o que é um backup e, dos 88% que realmente o fazem, 93% possuem algum dispositivo ou espaço de armazenamento on-line. Por outro lado, 69% dos entrevistados, em média, estão mais preocupados em perder seus arquivos digitais do que em perder objetos físicos.   

Em relação à solução de armazenamento que utilizam, embora o armazenamento gratuito on-line/em nuvem seja o principal formato utilizado (53%), seguido de pendrives e cartões de memória, 58% preferem fazer cópias de segurança em dispositivos físicos ou combinar o dispositivo físico com serviços on-line/em nuvem. 

Mais dados da pesquisa geral: 

  • Oito em cada 10 entrevistados fazem backup com frequência, diária ou mensal;
  • A principal razão apontada por quem não faz backup é por terem dificuldade em fazê-lo (32%), enquanto 24% esquece e outra porcentagem semelhante não considera necessário;
  • Quem prefere fazer backup em dispositivos físicos ou combiná-los com armazenamento on-line, acredita que a vantagem de fazer backup em dispositivos físicos está na certeza de poder acessar seus arquivos quando precisar (61%), na possibilidade de melhor gerenciamento da privacidade de seus documentos (49%) ou em menor exposição a falhas de segurança (37%).

Destaques na Argentina e México

Na Argentina, 82% dos entrevistados sabem o que é fazer um backup e 84% o fazem. Nesse caso, 25% fazem backup uma vez por mês, 22% diariamente e outros 22% uma vez por semana. Ao indagar sobre os motivos pelos quais não são feitos backups, a maioria (27%) afirmou que não considera necessário, seguido de “não sei fazer/é muito complicado” (25%) e “Eu esqueço” (24%). No caso argentino, também há a maioria que acha que perder arquivos digitais (68%) é mais preocupante do que perder objetos físicos (32%). 

Já no México, 81% dos participantes da pesquisa disseram saber o que é fazer uma cópia de segurança – a taxa mais baixa dos três países – mas quando lhes explicaram em que consiste, 87% afirmaram fazê-lo. Cabe destacar que, dos três países, o México foi o que mais se preocupou com a perda de arquivos digitais em comparação a objetos físicos, com 74% dos entrevistados, superando a média geral em cinco pontos percentuais. 

Com relação à frequência com que é realizado o backup, o México foi o país com maior percentual na opção “uma vez por semana”, com 33% das respostas. Para os mexicanos, “uma vez por mês” está em segundo lugar (24%) e “diariamente” em terceiro (21%). Embora a frequência média de todos os países pesquisados em geral seja de 8,7 vezes por mês, no México a cifra é a mais baixa dos três países, apenas oito.