Horas depois de anunciar uma mudança no sistema da Política de Paridade Internacional (PPI), a Petrobras confirmou na manhã desta terça-feira (16) a redução nos preços da gasolina, do diesel e também do botijão de gás de 13 quilos. Veja abaixo o patamar das reduções:
– Gasolina: – R$ 0,40 por litro (-12,6%)
– Diesel: – R$ 0,44 por litro (-12,8%)
– Botijão de 13kg: – R$8,97 (-21,3%)
Não será necessário esperar muito pelas mudanças. De acordo com as informações da Petrobras, os novos preços devem começar a valer já a partir da próxima quarta-feira (17). A informação foi confirmada pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, logo depois de uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda“, diz a Petrobras no anúncio.
No caso da gasolina, esta será a terceira redução aplicada pela Petrobras neste ano de 2023. A ultima queda tinha ocorrido ainda no dia 1 de março, quando o valor nas refinarias tinha passado de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro. Agora o saldo recua mais R$0,40.
“Mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 7 a 13/05, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,20 por litro”, destacou a estatal em nota.
“No caso do botijão de gás, mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 7 a 13/05, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 99,87 por 13kg”, informou a estatal em nota.
“As reduções têm como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”.
Horas antes, a Petrobras tinha anunciado alterações no sistema de Política de Paridade Internacional (PPI). Tal formato considerava uma série de fatores externos para definir o valor do combustível no Brasil. Com a efetivação da alteração, é provável que o preço médio seja reduzido em todo o país.
“Essa nova política, além de servir a uma política comercial adequada, que é competir internamente e tornar os preços mais atrativos para o consumidor, vai diminuir o impacto na inflação. E vai ajudar o Brasil inclusive a sensibilizar, por exemplo, o Banco Central para que a gente possa diminuir a nossa taxa de juros”, afirmou Alexandre Silveira.
Para Prates, o novo formato do PPI ainda vai considerar os preços internacionais, mas a partir da agora, os consumidores brasileiros não poderão ser mais altamente penalizados com a elevação dos preços dos combustíveis.
“Estamos comunicando ao mercado um ajuste na estratégia comercial de composição de preço e nas condições de venda. Esse modelo maximiza a incorporação de vantagens competitivas, sem se afastar absolutamente da referência internacional dos preços”, disse.
“Quando digo referência, não é paridade de importação. Portanto, quando o mercado lá fora estiver aquecido, com preços fora do comum e mais altos, isso será refletido no Brasil. Porque abrasileirar o preço significa levar vantagens em conta, sem tirar nossas vantagens nacionais”, disse.
“Paridade de importação era uma abstração. Pegar preço lá fora, colocar aqui dentro como se tivesse produzido lá fora, só que na porta da refinaria daqui”, continuou.
Nas redes sociais, parte dos internautas comemoraram as recentes decisões do Governo Federal sobre as mudanças nos preços dos combustíveis e do botijão de gás, além da alteração no polêmico sistema do PPI.
Contudo, outra parcela dos usuários criticou as medidas afirmando que as reduções possuem um caráter artificial e argumentando que as alterações podem cobrar um preço para a economia brasileira.