Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil registrou maior expansão de novos casos de covid-19 em comparação com Estados Unidos, Índia, México e Reino Unido, que junto com o Brasil representam os cinco países mais atingidos pela pandemia.
Enquanto o mundo observou queda de 6% em relação a novos casos, puxada principalmente pela Europa e as atuais medidas de confinamento, o Brasil viu o número de novos infectados subir 21% na semana do dia 10 ao 17 de janeiro.
Nos Estados Unidos, país mais atingido pela covid-19 em números absolutos, foram observados 1,5 milhão de novos casos, uma queda de 11% no período de sete dias. No mesmo período, o Brasil somou cerca de 379 mil casos, um aumento de 21%. Já o Reino Unido, após lockdown declarado pelo governo, viu o número de novos casos cair 19%. A Europa também adotou medidas de confinamento, vendo queda de 15% de novos casos.
Se o total de novos casos de covid-19 diminuiu 6% em todo o mundo na semana entre 10 e 17 de janeiro, o mesmo não pode ser dito sobre o número de mortes causadas pelo novo coronavírus, que atingiu pico inédito de 93 mil óbitos em sete dias e representa aumento de 9% em comparação com a semana anterior.
No Brasil, o número de óbitos subiu 12%, com 6,7 mil mortes em decorrência da covid-19. Os EUA registraram expansão similar em termos percentuais, com 23 mil novos óbitos na semana.
Para combater a aceleração da transmissão do vírus, além de medidas restritivas adotadas em alguns estados, os EUA já vacinaram mais de 16 milhões de pessoas desde 14 de dezembro, o que representa um número menor do que a previsão de imunizar 20 milhões até o final do ano passado.
Se há atraso nos EUA, o mesmo pode ser visto no Brasil, que começou a campanha de imunização nesta semana e, no momento, conta com apenas 6 milhões de doses prontas e aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicação.
Das 6 milhões de doses da CoronaVac prontas para uso, 1,4 milhão foram destinadas ao estado de São Paulo, onde fica o Instituto Butantan, responsável pela vacina fabricada pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. As outras 4,6 milhões de doses foram distribuídas aos demais estados brasileiros. Alguns, assim como São Paulo, iniciaram a vacinação nesta semana.
A previsão do Ministério da Saúde é que, na melhor das hipóteses, a vacinação contra covid-19 termine apenas no segundo trimestre de 2022 no Brasil.