A chegada do Pix alterou a maneira como boa parte dos brasileiros lidam com a transação de dinheiro. Como estamos falando de um sistema ágil e gratuito, milhões de pessoas estão começando a deixar de lado as cédulas e moedas, e aderindo apenas ao processo de pagamento digital.
Este é um fenômeno que tem preocupado especialmente o grupo dos numismatas. Estamos falando de pessoas que trabalham com a coleção de moedas no Brasil. Com a popularidade do Pix, há um temor de que o país deixe de fabricar peças físicas, o que poderia acarretar em um futuro sombrio para as coleções.
Mas segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta semana, não há motivos para preocupação. De acordo com os números oficiais, mesmo com a chegada do Pix, o número de moedas e de cédulas produzidas no Brasil se mantém estável, e até aumentou em comparação com os últimos anos.
Quando se considera apenas o ano de 2023, por exemplo, é possível dizer que o Brasil produziu e colocou em circulação cerca de 1 bilhão de novas cédulas, e 1,1 bilhão de novas moedas. Elas já estão espalhadas pelas ruas do país neste exato momento.
Entre os anos de 2021 e 2023, por exemplo, é possível ver um aumento na produção de moedas, que saiu de 627,8 milhões naquele ponto inicial de análise para 1,1 bilhão no ano passado.
Abaixo, você pode conferir o detalhamento da tiragem das moedas do Brasil no ano de 2023:
Vale lembrar que a tiragem de uma moeda é uma das informações mais importantes dentro do mundo da numismática. Segundo especialistas na área, quanto menor for a quantidade de moedas postas em circulação, maior é o seu grau de raridade.
Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.
Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.
“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.
Encontrou esta ou qualquer outra moeda valiosa? O próximo passo é procurar saber qual é o valor exato daquela peça. Para tanto, o cidadão pode procurar uma loja especializada, que poderá ser virtual ou física. Uma outra opção é procurar uma casa de leilão numismático. Por todos estes caminhos, será possível confirmar o valor do níquel.
Uma das opções é a casa Brasil Moeda Leilões, que funciona de maneira virtual. Logo depois de encontrar a moeda, o cidadão vai poder cadastrar o item encontrado e enviar para uma avaliação. Na sequência, a Casa envia o valor. O cidadão poderá definir se vai colocar à venda ou não.
O cidadão também poderá verificar a lista completa com sites de outro compradores de moedas raras. Nesta lista, será possível inclusive conferir se há alguma loja física de comprador nas proximidades da sua residência.