O Ministério do Trabalho divulgou nesta quinta-feira (26), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apresentando o registro de um saldo positivo de 316.680 novas vagas de emprego formais geradas no último mês de julho. O saldo é positivo, já que neste período houveram 1.656.182 admissões e 1.339.602 demissões.
Entretanto, ainda segundo dados do Caged, o salário médio de admissão caiu para R$ 1.801,99 em julho, 1,25% (-R$ 22,72) a menos em relação ao mês anterior. Se for analisado o acumulado de 2021, o Brasil registra um saldo positivo de 1.848.300 vagas de emprego geradas, decorrente de 11.255.000 contratações e de 9.406.700 desligamentos.
Mais precisamente, no setor da indústria de transformação, a queda de 1,69% levou o salário médio inicial para a marca de R$ 1.767,15. Já no setor de construção, a queda de 0,65% fez com que o salário médio inicial ficasse em R$ 1.848,81. O setor de serviços seguiu a mesma linha e apresentou uma queda do salário médio de admissão em 1,49%, atingindo a casa dos R$1.965,68 reais.
O estoque de empregos formais no Brasil, ou seja, a quantidade total de empregos com carteira assinada gerados no país, bateu em julho a casa dos 41.211.272 trabalhadores em atividade no mercado, o que representa uma variação positiva de 0,77% em relação ao estoque de junho.
A Região Sudeste segue sendo a região mais privilegiada neste quesito, já que foi a que mais gerou mais postos de trabalho no mês de julho. O saldo positivo ficou em 161.951 vagas, o que corresponde a um aumento de 0,77% se comparada a junho.
São Paulo é o maior responsável pelos dados positivos da região Sudeste, já que sozinho registrou um saldo positivo de 104.899 novos postos de trabalho (+0,82%, na comparação com junho). Seguido pelo Rio de Janeiro com 18.773 vagas geradas (variação positiva de 0,58% em relação a junho).
No Nordeste, uma das regiões mais afetadas pelo desemprego no Brasil, foram gerados 54.456 postos (+0,83% em relação a junho), enquanto na Região Sul o número também foi positivo de 42.639 vagas geradas (+0,55% em comparação ao mês anterior). Por fim, o Centro-Oeste e o Norte também apresentaram saldo positivo, de 35.216 e 22.417 postos criados, respectivamente.
Apesar de dados divulgados nesta quarta mostrarem que a taxa de desemprego no Brasil recuou ligeiramente, ainda é fato que o país atravessa um momento econômico complicado e consequentemente com uma considerável taxa de desemprego.
Segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil já registra mais de 14,760 milhões de trabalhadores desocupados, conforme a economia ainda busca engatar uma recuperação dos danos causados pela pandemia da Covid-19.
Na análise, que considera o período de fevereiro a abril de 2021, o índice de desemprego foi o maior desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Quando comparado com o período de novembro a janeiro, o número de desempregados sofreu um aumento de 3,4%.
O total da população desempregada, no período de fevereiro até abril, ficou em 48,5%, e se mantém abaixo dos 50% desde o ano passado, isso indica que menos da metade da população apta ao trabalho tem emprego no Brasil.