O Brasil criou cerca de 120,9 mil empregos formais no último mês de abril de 2021. Isso significa que essas pessoas entraram para o mercado formal do mercado de trabalho. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia.
Para chegar nesse resultado, eles diminuem a quantidade de contratos no mês pela quantidade de demissões no mesmo mês. No caso de abril, os dados mostram que o Brasil contratou cerca de 1.381.767 pessoas. Ao mesmo tempo, o país demitiu 1.260.832.
Apesar de ser mais um saldo positivo, o ritmo de criação de empregos no país diminuiu em abril. Esse foi o pior resultado do ano até aqui. De acordo com economistas, isso aconteceu muito por causa do avanço da pandemia em diversas regiões do país.
Com a pandemia, os governos precisam fazer fechamentos de serviços, e com esses fechamentos, essas empresas acabam tendo que demitir algumas pessoas da equipe. É justamente por isso que o número de demissões neste mês acabou sendo mais alto do que nos meses anteriores.
Esses dados são importantes para se entender a necessidade ou não da criação de projetos de transferência de renda. O objetivo do Governo é fazer com que o país retome uma posição de pleno emprego. Dessa forma, os projetos sociais não seriam mais tão urgentes assim.
Nesta quarta-feira (26), data da divulgação destes dados, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre essa situação. Para ele, a queda no número de novas contratações tem uma explicação: a pandemia. Ele disse que a doença está por trás do motivo do atraso do crescimento.
“O distanciamento social e prudência fizeram com que houvesse retração mas, mesmo assim, prossegue forte o mercado de trabalho em contraste com a primeira onda, quando perdemos quase 1 milhão de empregos”, disse o Ministro durante uma entrevista coletiva.
Apesar de dizer isso, Paulo Guedes deixou claro que o melhor a se fazer agora é acelerar o processo de vacinação contra a Covid-19. Assim, ainda de acordo com o Ministro, a situação poderia melhorar e o país poderia voltar a criar empregos em uma velocidade maior.
A maioria dos especialistas em saúde pública discordam do otimismo de Paulo Guedes. De acordo com eles, o Ministro estaria confiante demais nesse processo de vacinação. De acordo com esses analistas, mesmo que o Governo acelere a campanha de imunização, uma volta ao normal ainda deve demorar.
Esta não é a primeira vez que Guedes aposta pesado em um processo de vacinação em massa. Ainda no final do ano passado, o Ministro garantiu que o país não precisaria prorrogar o Auxílio Emergencial porque a situação melhoraria no início deste ano com a vacinação.
Definitivamente, não foi isso o que aconteceu. O Governo, aliás, teve que retomar os pagamentos do Auxílio desde o último mês de abril. No entanto, Guedes aposta que o processo de imunização é a única maneira de combater o vírus. E os especialistas em saúde pública concordam com isso.