Economia

Botijão de gás já está custando R$ 160 em determinadas regiões

Mesmo após o anúncio da Petrobrás que previa uma redução do preço, o valor médio do botijão de gás de 13 kg continua subindo e já alcança os R$ 113,66, o que representa um aumento em comparação com os R$ 113,54 da semana anterior.

Em algumas regiões do Brasil, o preço do gás de cozinha já chega ao patamar de R$ 160, segundo os últimos dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. O maior preço foi registrado no Mato Grosso, enquanto que no Maranhão é possível encontrar a menor cotação do país, com um gás de 13kg por R$ 78.

A pesquisa ocorreu entre os dias 10 e 16 de abril, contabilizando 3.881 postos pelo Brasil. O valor médio nacional do botijão de gás já está em R$ 120 e em pelo menos 17 estados o valor já ultrapassa essa marca. 

Redução do preço do gás ainda não chegou aos consumidores

Apesar da pequena alta que ocorreu na última semana, o levantamento da ANP mostra que a redução do preço que aconteceu no início do mês e que foi anunciada pela Petrobras, infelizmente ainda não chegou ao consumidor final. No dia 9 deste mês, a estatal anunciou uma redução de 5,58% do preço do botijão de gás que é vendido para as distribuidoras.

Os dados mais recentes do IBGE mostram que nos 12 meses que antecederam o último mês, o preço do gás de cozinha de 13kg já subiu 29%, que é quase 3x o acumulado da inflação no período.

Pensando em uma maneira de aliviar a situação dos mais vulneráveis, o Governo Federal lançou o Auxílio-Brasil para cobrir uma parte do gás de cozinha. Para o atual mês, o valor fixado é de R$ 51, considerando que até março o preço médio nacional estava em R$ 102. 

É bem provável que seja feito um reajuste, passando o valor do Auxílio Gás para ao menos R$ 60. A expectativa é de que ao menos 5,39 milhões de famílias recebam o benefício social.

Como ficam os estabelecimentos nessa situação?

Para os estabelecimentos, fica a decisão de ou mudar os seus fornecedores, aceitando reduzir a sua margem de lucro ou apostar na mesma estratégia, contando que o cliente siga pagando a conta mesmo com os constantes aumentos.

Uma das possibilidades é utilizar menos. Comidas que não necessitam de muito tempo da utilização do gás de cozinha são as mais aconselhadas neste momento, sendo que preparar bolo é uma das comidas que mais rápido irá gastar o botijão, pelo seu tempo de preparo que é longo e acaba deixando o tempo útil do botijão ainda menor.

Para estabelecimentos como restaurantes, eles podem buscar outros fornecedores para conseguir manter o mesmo preço do gás de cozinha e ainda conseguir preservar a sua margem de lucro. Ainda assim, é bem provável que o lucro diminua, pois, alguns clientes já estão começando a deixar de pagar pelo gás tradicional e adotar o fogão a lenha.