Economia

Bolsonaro pede ao mercado ajuda sem crítica

Nesta terça-feira (29), um dia após o anúncio do Renda Cidadã, novo programa social do governo que irá substituir o Bolsa Família, Jair Bolsonaro (sem partido) declarou que, se o país for mal, “todo mundo vai mal”. O presidente incluiu também o mercado financeiro em sua equação.

No anúncio desta segunda-feira (28), o governo sugeriu usar parte dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) e dos precatórios para financiar o Renda Cidadã. Porém, essa alternativa ventilada pelo governo foi mal recebida por investidores.

Economistas avaliaram que o governo de Bolsonaro criaria gastos sem indicar cortes. Também foi apontado que o governo não apresentou proposta de reforma tributária. Por isso, na manhã desta terça-feira (29), Bolsonaro conversou com apoiadores e afirmou que, se “começar a dar problema, todos sofrem” e que “o pessoal do mercado não vai ter renda também”.

“Vocês vivem disso, de aplicação. E nós queremos obviamente estar de bem com todo mundo. Mas eu peço, por favor, ajudem com sugestões, não com críticas. Quando tiver que criticar alguém, não é o presidente. É quem destruiu o emprego de mais de 20 milhões de pessoas”, disse Bolsonaro.

Também nesta terça-feira (29), mas dessa vez em suas redes sociais, o presidente afirmou que o auxílio emergencial não pode ser para sempre e que está aberto a sugestões.