O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre a prorrogação do auxílio emergencial para 2021. O chefe do executivo federal, após longo período sem tocar no assunto, negou que exista uma ideia de prorrogar o benefício neste momento no Brasil.
Na conversa, um dos apoiadores do presidente perguntou se ele era a favor da prorrogação do benefício em 2021. Bolsonaro respondeu dizendo que lamentava a quantidade de pessoas que estavam passando necessidade no Brasil.
No entanto, ao mesmo tempo, ele disse que não podia fazer muita coisa. Segundo ele, o país não pode gastar muito mais neste momento. Então por essa lógica o país não teria condições de pagar as parcelas para a população.
“A palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento está no limite”, disse ele.
A fala do presidente acontece alguns dias depois que os seus candidatos à presidência da Câmara e do Senado ventilaram a possibilidade de criação de um novo auxílio. Essa postura acabou irritando diversos setores do mercado.
Quem está aguardando pela prorrogação do auxílio emergencial para 2021 ainda precisa aguardar uma reviravolta por meio dos políticos. No momento, analistas revelam que o clima em Brasília não pende para uma prorrogação do benefício neste ano.
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, aposta em uma imunização em massa para tentar reverter a situação. O gestor da pasta acredita que se imunizar a população, as pessoas voltarão a ter emprego e não precisariam mais dos auxílios assistenciais do Governo.
Segundo dados do Instituto Datafolha, cerca de 70% dos que receberam auxílio ainda não conseguiram outra renda. Dessa forma, essas pessoas ainda estão com problemas para comprar itens básicos.
De acordo com dados da pesquisa, 40% dos brasileiros disseram ter recebido ao menos uma parcela do benefício emergencial, sendo que somente 38% conseguiram economizar dinheiro para quando o pagamento terminasse.
Na média, de acordo com dados da pesquisa, foram pagas 4,5 parcelas por cada beneficiário do programa. Além disso, o Datafolha aponta também que 58% dos beneficiários tiveram uma perda de renda em janeiro.
Em dezembro, quando a pesquisa foi realizada, a taxa era de 51%. Mais de 14,1 milhões de brasileiros estão desempregados, segundo dados mais recentes do IBGE. Isso equivale a 14,6% da população com capacidade de trabalhar.