O Presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que o novo Bolsa Família vai pagar uma média de R$ 300 nos seus valores. Desta vez, ele disse isso em um encontro com empresários nesta quinta-feira (17). Esse momento foi fechado, mas algumas informações acabaram vazando para a imprensa.
“Temos conversado com Paulo Guedes. A operação da nossa economia tem coração. E ele está propenso a conceder um reajuste de 50% para o Bolsa Família a partir do final desse nosso ano que vivemos. Sabemos que a importância, hoje em média R$ 192, e deve passar pra R$ 300”, disse Bolsonaro.
“Sabemos que é pequeno também, mas é uma ajuda para aqueles que não têm como conseguir algo no mercado de trabalho e eles têm que sobreviver. São aproximadamente 20 milhões de pessoas nessa situação. Gostaríamos até que não fosse necessário fazer isso aí, mas no momento se faz mais que necessário, se faz essencial”, completou o Presidente.
Bolsonaro disso isso também em uma entrevista para uma emissora de TV na última terça-feira (15). De acordo com as informações da imprensa, essa declaração acabou pegando muita gente dentro do Ministério da Economia de surpresa.
No entanto, ainda de acordo com informações da imprensa, os membros do Ministério decidiram acatar esse desejo do Presidente. Agora eles estão tentando encontrar um lugar que dê para tirar o dinheiro para fazer esses pagamentos. Até aqui eles levantaram algumas ideias.
Se ainda não se sabe o valor do novo Bolsa Família, se sabe pelo menos que ele vai aumentar. De acordo com informações do Ministério da Cidadania, a média de pagamentos hoje é de R$ 190. A ideia inicial do Ministério da Economia era aumentar isso para R$ 250.
No entanto, uma ala dentro da pasta acredita que pode convencer o Presidente a pagar uma média um pouco menor, que seria de R$ 270. Acontece que esse discurso de Bolsonaro para empresários nesta quinta (17) mostra que ele não quer saber de mudar isso.
Além dos valores, o novo Bolsa Família vai pagar o benefício para mais pessoas. Hoje, ainda de acordo com o Ministério, cerca de 14,7 milhões de brasileiros são usuários do programa. Com as mudanças, mas alguns milhões entrariam nessa cobertura também.
Tudo isso, no entanto, vai depender da prorrogação do Auxílio Emergencial. É que um projeto só vai começar quando o outro acabar. De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a ideia é prorrogar o benefício por mais dois ou três meses.
Ele disse que o tamanho dessa prorrogação vai depender do ritmo da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Se o processo acelerar, como alguns governadores estão prometendo, então a solução é pagar mais dois meses de Auxílio Emergencial. Se não, então seriam mais três.
De qualquer forma, Paulo Guedes disse que a decisão final sobre isso vai ser mesmo do Presidente Jair Bolsonaro. O chefe do executivo deve participar de uma série de reuniões com o Ministro da Cidadania, João Roma, para decidir todos esses pontos.