Nos últimos dias, a equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) tem discutido os detalhes sobre a prorrogação do auxílio emergencial. O presidente defende que a prorrogação pague pelo menos parcelas de R$ 300. Paulo Guedes, ministro da Economia, defende um valor menor.
Nesta semana, em reunião no Palácio do Planalto, foi apresentada proposta de prorrogação com parcelas de R$ 270. De acordo com a Folha de S. Paulo, fontes do governo informaram que o presidente solicitou que a equipe econômica feche o valor de parcelas de pelo menos R$ 300.
Nesta segunda-feira (24), Bolsonaro falou sobre um assunto para um grupo de eleitores. “Estou pensando em prorrogar por mais alguns meses, mas não com R$ 600 e nem com R$ 200. Um meio-termo aí até a economia pegar”, disse ele.
A prorrogação do auxílio emergencial seria anunciada oficialmente nesta terça-feira (25). Porém, a falta de consenso sobre o valor das novas parcelas foi o principal motivo para esse anúncio ser adiado.
Atualmente, o auxílio emergencial representa o maior gasto do governo com a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Até agora, o governo já desembolsou mais de R$ 254 bilhões. A cada nova parcela de R$ 600 paga, o governo basta cerca de R$ 50 bilhões.
Guedes propôs primeiramente a prorrogação do auxílio a R$ 200. Diante da negativa, aceitou um valor maior, mas ainda resiste às parcelas de R$ 600 ou mais.