O Presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre o Auxílio Emergencial nesta quinta-feira (27). Em sua tradicional live semanal no Facebook, o chefe do executivo criticou as pessoas que pedem pelo aumento do benefício. Sem citar ninguém especificamente, ele disse que o Governo não pode aplicar um acréscimo no valor.
“Se você acha que o governo pode se endividar, para dar recurso a você, vai no banco pegar empréstimo. Se não conseguir, pega do agiota, pega do parente. Vai ver a dificuldade não só pra conseguir, mas pra pagar”, disse ele na live em questão.
Bolsonaro falou ainda que se o Governo tivesse gastado mais nos pagamentos do benefício, o país estaria em uma situação pior. De acordo com o chefe do executivo, o Palácio do Planalto conseguiu “evitar a destruição de vários empregos formais” com seus atos.
Ele também voltou a acusar Prefeitos e Governadores pelas suas atitudes no país. De acordo com ele, esses líderes regionais não podem decretar fechamentos de serviços neste momento. Ele ignora, portanto, as recomendações das autoridades de saúde de combate ao vírus da Covid-19.
Por fim, ele falou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não citou seu nome. “Um candidato ladrão que diz que dará R$ 600 de auxílio quando for presidente. Por que não deu lá atrás?”, disse Bolsonaro na sua tradicional live de quinta-feira.
O fato é que o momento do Presidente Jair Bolsonaro não é dos melhores quando o assunto é a opinião pública. Pelo menos é isso o que revelam as principais pesquisas de opinião neste momento. De acordo com o PoderData, a reprovação dele entre as pessoas que recebem o Auxílio Emergencial é de 62%.
Em outras palavras, isso pode significar que é justamente o baixo valor do benefício que está fazendo a rejeição do Presidente subir neste grupo. É portanto um cenário muito diferente do que aquele que aconteceu em 2020, quando ele atingiu recordes de aprovação.
Apesar disso, não há qualquer chance de aumento no valor do Auxílio Emergencial. De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o país não pode gastar muito mais do que está gastando neste momento. É um pensamento basicamente igual ao de Bolsonaro.
De acordo com as informações do Ministério da Cidadania, o novo Auxílio Emergencial conta com quatro parcelas de valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. No ano passado, o mesmo Governo chegou a pagar parcelas de até R$ 1200, a depender do caso.
Apesar de não falar em aumento, o Planalto admite a possibilidade de prorrogação do benefício. Parte do Congresso Nacional está fazendo pressão para manter o benefício até, pelo menos, o próximo mês de novembro. Ainda não há nada de oficial ainda.
É que outra parte do Governo quer uma prorrogação mais enxuta, de um ou dois meses. No entanto, Paulo Guedes deixou claro em entrevista que qualquer tipo de prolongamento do benefício só vai acontecer se a pandemia não der uma trégua no Brasil.